Na terça-feira, era o nosso último dia inteiro lá. Pela manhã, sonhávamos em ir até Contendas, na zona rural de Mercês, mas como havia chovido a madrugada inteira, e a estrada de acesso é de terra... Adiamos para a tarde. Mas não teve como. Pela manhã recebemos mais uma palavra. Almoçamos e, mas uma vez iríamos para a praça, mas dessa vez, apresentar no chão, em frente ao palco. Não imaginávamos, mas como Deus é demais, olha o aconteceu. Saímos da escola. Tinha um tempo razoavelmente bom, mas não era um “solão”, mas estava com certo calor. A praça estava “meio” cheia. Antes, lembro que entreguei uns folhetos para três garotinhos que estavam em torno da praça. Nosso pessoal do teatro (me incluindo) se maquiou com todos olhando, só para detalhar. Foi muito legal e empolgante. Começou com as meninas do Borboleta dançando mais uma música dançante, muito legal. E, de repente a praça começou a ficar cheia ao redor de nós. Foi quando começamos a dançar o hip hop. Chegando a vez do teatro (da peça Portas), ninguém que não estava lá vai acreditar: começou a chover. E chover com vontade, mas as pessoas não foram embora (talvez pela peça ter mais de 15 minutos). Elas ficavam em baixo da marquise, das árvores, mas não arredaram o pé. Incrível. Nossa maquiagem se decompunha na chuva, mas teve uma hora que ela se misturou com a minha lágrima. Puxa vida. Coisa de louco. Apresentar uma peça debaixo de chuva, isso sem contar da moça que, drogada, passeava entre nós. Não levamos simplesmente o amor de Deus, vivemos esse amor. Mergulhamos nesse amor. Aquela cena de chuva, de gente, de maquiagem não deve sair de meu coração tão cedo. A pastor fez o apelo, veio um senhor com a camisa do Flamengo, nada demais se não fosse o fato de sua esposa ter ido na vigília do dia anterior na escola orar pela conversão do marido. Quem era o marido dela? O homem com a camisa do Flamengo! Uau! Aqueça jovem que passeava entre a gente também foi, e lembra daqueles garotinhos? Eles também. Oramos, intercedemos e mais uma vez, entregamos Mercês nas mãos do Senhor, estabelecendo o Seu trono naquele lugar. Depois, me encontrei com menino de lá, o Renato. Conheci-o em 2006, primeira vez que fomos lá. Fizemos evangelismo nas escolas e ele estudava na que estávamos. Ano passado, foi ele quem Deus usou para me dizer que eu era importante lá. Dessa vez, não agüentei. Pedi para orar por ele, que deixou. Declarei vitória em Cristo na vida dele. Como ele mora perto da escola, subi conversando com ele. Ele me disse que estava trabalhando em um restaurante da cidade. Lá na escola, conversamos mais. E não perdi uma oportunidade de pregar para ele. Glórias a Deus. Tomamos banho e depois veio, pensava eu, mais culto. Antes, teve um momento que senti para orar por um amigo meu lá. Orei. E depois você vê o que aconteceu. É, não foi mais um culto. Foi o culto. Dessa vez, foi na escola. Palavra sobre Daniel não ter se contaminado com os finos manjares do rei (Dn 1.8). Palavra simples? Sinceramente, eu achava, mas Deus me deu a confirmação de algo que ainda me preocupava. E no final, o Ricardo, que pregou, pediu para que cada um lesse o vers. 8 trocando Daniel pelo seu nome. E o que Deus me fez ver? Mulheres e homens que não sabiam ler, tendo a ajuda de quem sabe e falando aquela verdade. Crianças lendo. Me lembro do Lucas, um menino de 9 anos que estava ao meu lado. Seu pai e suas irmãs estavam lá (eles são da Quadrangular) e seu pai me contava de seus filhos terem passado 30 dias com o pessoal da Jocum, em Ouro Fino/MG, incluindo o Lucas. Depois que eu li o texto, e outras pessoas leram, falava a ele para ler, mas ele estava com vergonha. Depois de tentar três vezes, desisti. Foi aí que, de repente, ele leu. Se engasgou, mas dei uma ajuda para ele e aquele menino leu. Cada um. Que cena! Como Deus é bom! Qual era o texto? Lá vai: “Resolveu Daniel (aí cada um trocava substituindo o nome), firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se” (Daniel 1.8). Outra cena que não vai sair do meu coração. Ah, lembra do Lucas. Pois é, ele estava na praça, e lembro dele filmando e tirando foto das nossas apresentações. E lembra da oração? Pois é. O menino tocou percussão no louvor e de repente, aparece ele no quarto chorando. Como assim? Deus o tocou profundamente naquela noite. E pensar naquela oração... Veio o jantar, os recados, o jornal, a gincana, e por fim, a última vigília. Só de agradecimentos. Eu estava “morto” de cansaço. Mas fui e só consegui agradecer, e fui dormir. Só acordei na quarta-feira para ir embora. Resumindo essas tantas palavras, foi inesquecível esse acampamento. Faltava algo. A oração por um amigo que conheci lá. Foi no ônibus mesmo. Lembro que uma menina amiga minha viu. Só sabia que precisava fazer aquela oração. E acredito e creio no poder da palavra que Deus coloca na minha boca. Saí de lá com a sensação de que, queria continuar lá. Mas... É preciso descer do monte e pregar. Fico com saudade, mas agora penso uma coisa. Deus tem sempre mais...
esse aqui embaixo é o Catarino... motorista do ônibus que nos levou... a bênção foi que ele ficou no colégio com a gente nos cultos... e ele foi um dos que leram o texto de Daniel 1.8... só bênção...
para finalizar...
Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém (Efésios 3.20-21)