sábado, 17 de outubro de 2009

Brinquedos para todos


por Lucy Oliveira e Jeyson Rodrigues

Ricardo tinha dez anos quando descreveu, numa brincadeira com amigos, o que era o céu. Ele é mais uma entre tantas crianças que moram na favela do Vale do Reginaldo (a maior da cidade de Maceió), e que crescem sofrendo as consequências da exclusão e injustiça sociais. Talvez esse seja seu maior privilégio teológico e sua maior tragédia social. Seus dramas e dilemas cotidianos lhe possibilitaram construir uma teologia fundamentada, não nas leituras clássicas, mas na perplexidade causada pela violência que sofre por não ter seus direitos básicos assegurados. Ricardo definiu que o céu é um lugar onde há “brinquedos para todos”. Ao invés de interpretar a vida através da leitura de uma teologia do céu, fez uma teologia da terra, que não minimiza a importância da imanência, mas onde o “aqui e agora” clama por transformação.
“Brinquedos para todos” é a pureza jovem de uma teologia que transcende a transcendência. Que é alma, e também estômago. Que é espírito, mas que não quer ser invisível. Que é esperança de eternidade, mas não só para anestesiar a dor de uma vida tão morrida. Esperança de salvação, não apenas de sua alma, mas de sua vida. Vida que abrange muitos outros aspectos, para os quais se apresentaram boas novas de um evangelho que nunca se propôs restaurar só uma parte do ser humano.
O discurso e a práxis cristãs podem e devem oferecer esperança de socorro integral a um drama que é integral. “Brinquedos para todos” é o entendimento de um reino prometido que se concretiza na eternidade, mas começa aqui na Terra.
Antes de tudo, Cristo nos deixou um exemplo de não aceitação da injustiça. Ele nos deu uma missão de transformar, não só a alma, mas a vida. E não há como falar de vida sem perceber que somos seres únicos, completos, integrais. Somos uma unidade que precisa ser pensada enquanto tal.
E a transformação pode vir pela ação política sim, pela cidadania, pela ocupação dos espaços públicos de decisão. Não falamos isso apenas referindo à vinculação político partidária, mas de uma dimensão política de nossas vidas que transcende o voto, a eleição. Ela se manifesta através da percepção de si e do outro como seres iguais, merecedores do mesmo tratamento. Não é essa a mensagem da salvação?
Há vários espaços se abrindo no país para a participação popular. A internet, por exemplo, é um espaço aberto à participação, com sites e fóruns que debatem os interesses públicos. Há também ONG’s, movimentos sociais, grupos religiosos que estão saindo do conforto do sofá ou do banco da igreja e modificando sua realidade.
Políticas públicas não são apenas responsabilidade ou atribuição do Estado. Jogar a culpa nos outros é um ótimo caminho para ser omisso. Se pensarmos que o evangelho que cremos nos deixa o desafio de transformar a nossa geração, veremos que isso tem tudo a ver com transformar a nossa sociedade.
Não sejamos como Pilatos, não lavemos as mãos, deixando a vida de tantos escorrerem por entre os nossos dedos. Jesus, o Cristo, pagou o preço necessário para que o céu fosse um lugar com “brinquedos para todos”.

• Lucy Oliveira, 26 anos, é jornalista e mestranda em sociologia na Universidade Federal de Alagoas.
• Jeyson Rodrigues, 28 anos, teólogo e mestrando em Ciências da Religião, leciona no Seminário Teológico Batista de Alagoas (SETBAL).
(via Ultimato.com.br)

sábado, 5 de setembro de 2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Projeto Rondon 2009

Quem me acompanha (não sei se tem quem faça isso, mas enfim rsrs) sabe que ano passado participei do Projeto Rondon e indo à Catuji, no norte de Minas trouxe vários aprendizados. Esse ano não pude ir, mas uma companheira da minha turma na faculdade foi, e coincidentemente, para Catuji. A experiência dela também rendeu um bom texto que ela produziu. E estou postando o depoimento dela aqui no Vivendo também porque passamos quase as mesmas coisas e aprendi muito com a experiência que ela conta no texto. Convido você a ler também... e comentar!

PROJETO RONDON. EM NOME DA ESPERANÇA
por Sulaine Reis

Sempre escutei que os olhos são o espelho da alma. Porém, nunca tinha prestado muita atenção no olhar dos outros. Quantas vezes olhamos e não enxergamos nada? Só percebemos aquilo que não nos fere e não atrapalha o nosso caminho calmo e sereno. Ignorar é uma das maiores “virtudes” dos seres humanos. Por isso, se não enxergamos o outro, como podemos perceber seu olhar, suas necessidades?
Foi preciso enfrentar mais de dezesseis horas de viagem até Catuji, no norte de Minas Gerais, para compreender essa sutileza da vida. Quantos olhares nós do Rondon despertamos? Olhares de admiração, desconfiança, carinho, medo. Olhares de pessoas acostumadas a não serem enxergadas e, por isso mesmo, algumas se escondiam e outras nos seguiam encantadas com tamanho movimento e disposição. Afinal, foram muitas pinguelas e cercas para atravessar.

No assentamento da Fumaça, zona rural da cidade, o pequeno Mateus venceu o receio inicial e nos conduziu pelas trilhas do local até a casa de seus primos. Cinco crianças, a mais velha com onze anos, cuidando uns dos outros enquanto os pais trabalhavam na cidade. Assim como Mateus, as crianças em idade escolar frequentam a escola da comunidade. Na verdade, a “escola” é uma sala cedida por um casal do local. Dezessete crianças, de diferentes idades, dividem-se entre seis carteiras, um sofá velho e o chão e tentam aprender.

Apesar de terrível, a situação nem de longe foi a pior vista na cidade. Às margens da BR116, crianças e adolescentes não esperavam nem o manto da noite para irem para o acostamento. Os caminhões, quase em fila, diminuíam a velocidade, paravam e “recolhiam” uma menina. Detalhe, o relógio ainda não marcava seis horas da noite.
Já a escuridão, dispensável para o exercício da “profissão mais antiga do mundo”, era companheira constante de uma família em Formoso, outro distrito de Catuji. Um casebre de dois cômodos é a moradia de sete pessoas: cinco crianças e dois adultos. Para iluminar o ambiente um fogão à lenha, que parecia expelir toda a fumaça do mundo, e uma lâmpada no centro da casa. Marretas abriram pequenos orifícios para a entrada de ar e mãos varreram, lavaram e limparam o local, tentando recuperar um pouco da dignidade humana perdida.

Quando achávamos que já tínhamos visto tudo, nos aparece Felipe. Nove anos de idade e muita responsabilidade. Seja no pasto, às cinco da manhã, ou nas ruas de Catuji vendendo picolé, o menino derrubou todas as nossas defesas. Ele chegou até nós no sábado. Vinha com a avó, pois soube que estávamos “distribuindo comida”. Na verdade, o que tínhamos era cachorro-quente e refrigerante, o lanche dado para as crianças na tarde de lazer organizada pela equipe do Rondon.
Ao visitar a casa dele, depois de andar mais de 3 km pela BR116, o quadro se tornou mais assustador. Duas crianças doentes com bronquite, outro fogão à lenha e sua fumaça e uma mãe que, por não ter relógio, não sabia quando deveria medicar a criança que ela tinha levado ao médico. A solução encontrada? Usar a programação da TV para definir os horários dos remédios.
Na cozinha, enquanto conversávamos, Felipe cuidava da comida dos irmãos. Na panela o menino cozinhava macarrão. Os adultos responsáveis? Uma senhora de sessenta anos, lavadeira de profissão, e uma moça de vinte e cinco anos, mãe de cinco filhos. O que fazer? O que falar? Da mãe conseguimos a promessa de levar o outro filho doente ao médico, arrumar a chaminé do fogão e ser a mãe dessa família. Já Felipe nos prometeu voltar a estudar, apesar das mais de cinquenta faltas.

Todos são iguais, é o que diz a lei. Todos têm direito à saúde, educação, habitações dignas. Relembrando as casas de taipa, as “escolas”, a BR116, rota de prostituição, independente da hora e da idade, e enxergando em cada rosto a felicidade de serem lembrados e respeitados, nem que seja por quinze dias, é difícil acreditar no que diz o papel. Os ideais de igualdade parecem, ainda, utopia, um sonho de pessoas alienadas que não conhecem a realidade do país. Porém, eu ainda acredito que é possível mudar. Num de nossos encontros com a comunidade de Catuji, pediram para falar sobre o projeto e de nossas “férias” na cidade. Eu resumi assim: “ estávamos ali em nome da esperança em um futuro melhor e o nosso objetivo era tentar diminuir a fome de informação que domina nossa sociedade, pois só assim as mazelas sociais poderiam ser diminuídas.”

Educação de qualidade, esse é o caminho para a mudança. Andando e conversando com as pessoas percebemos que poucas conheciam seus direitos. Uma senhora até me questionou se “velhos tinham direitos?”. É claro que têm, mas se as pessoas não sabem quais são e a importância de lutar por eles, a troca de votos por telhas, que nunca chegaram, continuarão acontecendo, o problema social se agravando e vários Felipes crescerão ignorando o que é ser cidadão.


(texto também disponível no blog "Elas e a gente")

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Eu quero ser amigo... amigo de Deus!

Amigo. Palavra bonita, mas ao mesmo perdida em nossos tempos. É difícil termos amigos verdadeiros que nos amam sem pedir coisas em troca, que gostem da gente, mesmo a gente sendo que nós somos.



A expressão “amigo de Deus” usada em referência a Abraão traz um grande ensinamento. Será que temos sido amigos de Deus? Gosto de pensar em coisas que me façam refletir na grandeza de Deus, e nesses últimos dias tenho observado isso. Amigo. Deus quer ser nosso amigo. Jesus quer ser nosso amigo. O Espírito Santo quer ser nosso amigo. Um Deus Triúno quer ser nosso amigo, mesmo sendo tão grande! Como posso provar isso? Ele nos ama (Jo 3.16) e isso já basta. Até porque em falar de “basta”, é a GRAÇA DE DEUS que nos basta. Graça é um favor imerecido. Somente um amigo de verdade poderia fazer isso. E mais ainda porque esse NOSSO amigo sabe quem somos. Falhos, pecadores, ingratos... E ele mesmo assim nos amou e nos ama. E creio que sempre nos amará. Independente do que façamos ou deixemos de fazer, ele sempre vai nos amar.


Que bom é (ou tentar) reconhecer que grande amor Deus tem por nós. Amor de Pai, amor de amigo. Amigo que só pede um coração que saiba disso. Amigo de Deus. Que privilégio o nosso! O mais legal é que podemos conversar com esse nosso grande amigo qualquer hora, falar o que está em nosso coração. Alegres ou tristes podemos chegar perto, porque esse Deus Triúno entregou Jesus para que pudéssemos nos achegar... Aleluia!!!!


Que essa seja uma vontade e um anseio inesgotável em nosso coração: SERMOS AMIGOS DE DEUS! Filhos que são tão chegados que viram amigos, que mantém uma intimidade profunda com o Pai. Que sejamos assim, AMIGOS DE DEUS. O primeiro passo já foi dado. Deus já nos disse: “VINDE”.

Futebol e Deus combina sim!!!!!

Recebi essa notícia por e-mail e achei muito interessante. Creio que Deus tem usado coisas que o homem acha que Deus não usa ou que "não é de Deus" para alcançar pessoas marginalizadas. Nessa notícia lemos sobre crianças na Ásia! Muito legal!!!


O campo missionário de Missões Mundiais na Malásia, no Sudeste Asiático, possui uma escola para crianças especiais, onde a missionária Aline Romão, esposa do Pr. Roberto Romão, leciona duas vezes por semana. Uma outra escola, que pertence à igreja parceira do projeto no país, passou a contar recentemente com o auxílio da missionária. A obra de Deus na Malásia conta ainda com um grupo de estudos bíblicos entre os brasileiros que entregaram suas vidas para Jesus, além do Brazil Football Centre (Centro de Futebol Brasileiro), desenvolvido pelo PEM (Programa Esportivo Missionário).

Vários torneios de futebol acontecem neste semestre na Malásia. Por isso, o Pr. Romão intensificou os trabalhos, na esperança de deixar os times do Brazil Football Centre em condições de fazer bonito nas competições. O trabalho é feito com 16 alunos especiais que, apesar das dificuldades variadas, progridem dia após dia. Os treinos são feitos numa quadra de futebol de salão, cujo dono deixou de cobrar o aluguel do espaço após assistir a um dos treinos. Ele ainda parabenizou a excelência do trabalho desenvolvido junto a este grupo de crianças marginalizadas pela sociedade malaia.

Outro grupo especial que tem a oportunidade de ouvir sobre o Evangelho enquanto aprende o futebol-arte é o de meninos refugiados de Mianmar, país também localizado no Sudeste Asiático e de maioria budista (73,3%). São 20 meninos que se reúnem todas as terças-feiras com o Pr. Roberto Romão. Antes de cada treino, sem restrições, o pastor faz uma pequena reflexão sobre a Palavra de Deus usando a linguagem do esporte.

Muitas crianças e adolescentes do Sudeste Asiático têm sido alcançados pelo Evangelho através dos esportes.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um ano atrás

Ana Paula Valadão - Só Por Amor a Ti



Antes de você ler essa mensagem, tem essa canção que nos ensina algo muito importante! Que Deus fale ao seu coração através dela!

Exatamente no dia 13 de julho de 2008. Isso. Foi um dia histórico em meus 20 anos, até então. Meu destino naquele dia era Belo Horizonte rumo ao Projeto Rondon. Relembrava com fotos e quando percebi, completou um ano da viagem que mudou radicalmente minha forma de encarar algumas coisas.

É claro que teve minha mãe, não segurando o choro em saber que seu filho mais velho ficaria duas semanas fora de casa, mas a vontade de ir em busca de algo novo era maior. E foi.

Logo na nossa partida, o sentimento de despedida tomou conta de mim. Minha mãe ficando em JF, chorando e eu, no ônibus... também com lágrimas nos olhos. É. Foi muito legal. Mas o que mais me chama a atenção desse um ano que se passou é a forma como passei a ver as coisas. Antes, preciso falar do aprendizado lá. Conviver com as crianças de Catuji (cidade que fiquei) foi fantástico. Ao mesmo tempo em que se mostravam receosas de se aproximarem, se mostravam também dispostas a conhecer gente nova, talvez pessoas que pudessem demonstrar o que é sentimento de pai ou mãe.

E realmente foi assim. Recordo de várias crianças de lá. Antes, é preciso que fique claro o porquê de eu falar das crianças. Desde 2007 eu trabalhava como voluntário na AMEB e, desde então, passei a me interessar pela causa social em favor de crianças. No Rondon, isso ficou bem à mostra, tanto que algumas pessoas do nosso grupo notavam um “Gabriel com adultos” diferentes do “Gabriel com as crianças”. Eu acabava virando o “tio”, o irmão mais velho.

Mas foi muito legal. Cada sorriso, cada momento em que passamos. No último dia, em meio a lagrimas. Que experiência! Sou muito grato a Deus por ter me permitido ir. Quem leu (ou ler) as postagens mais antigas sabe o que aconteceu antes da minha partida.

Esse ano não poderei ir ao projeto, mas me lembro com muitas saudades das duas semanas que passei em Catuji, no Norte de Minas. Quente durante o dia, gelado durante a noite. Lembro da nossa ida à mina de pedras preciosas. Me senti no Globo Repórter. Ou então do meu passeio a cavalo e minha queda (isso mesmo, caí do cavalo, literalmente)! E também da nossa ida à pequena cidade onde morava o Éder, vencedor do Soletrando do ano passado. Conhecemos pessoas empolgadas com o Projeto EJA (Educação para Jovens e Adultos). Foi muito edificante ver idosos, pessoas sem chance de serem vistas como gente buscando aprender mais, aprender a escrever, a ler... E no meio disso tudo crianças com chances tremendas de crescerem sabendo as coisas.

Foram duas semanas em que não vivi no meio de crente, de evangélico. Fora a minha companheira de grupo e as três reuniões em que fui na Igreja Batista, o único contato com gente evangélico foi através do MSN e pelo Orkut. Isso foi muito interessante. Aprendi a ser mais filho de Deus do que crente de igreja.

Quando voltei de lá, estava diferente. Tirando o “estar mais moreninho” por causa do sol durante o dia que eu só me protegia com um boné, eu me via mais disposto a passar por problemas de igreja. Sabia que a situação do mundo é bem mais difícil que nossos “probleminhas”. É. Voltei diferente. Mas sei que tudo isso foi pela graça de Deus. Ele teve seus propósitos de me levar tão longe de Juiz de Fora para ver coisas que hoje vejo aqui na cidade, mais perto do que eu imaginava.

Assim como contei na postagem do ano passado, aqui também existem os “Izaques”, “Tales”, “Guilhermes”, “Maessas” da vida para serem cuidados. Existem coisas para serem transformadas.

Não precisamos de muita coisa ano passado. Pouquíssimas vezes gastamos dinheiro ou coisas fora de cogitação. O que mais precisamos lá foi de disposição, compaixão, alegria, amor... Coisas que não se compram, coisas que Jesus nos dá através do Fruto do Espírito (Gl 5.22).

Um ano se passou. Dia 13 de julho de 2008. É. Passou e com ele voltam as saudades, mas uma coisa ficou. A VONTADE DE MUDAR. A VONTADE DE SER INSTRUMENTO PARA QUE PESSOAS VIREM SERES HUMANOS. PARA QUE EXISTAM CIDADÃOS. EXISTE ESPERANÇA. A ESPERANÇA É JESUS. ELE MORREU E RESSUSCITOU! FOI PARA QUE FOSSEMOS E CONTÁSSEMOS A TODOS. EXISTE ESPERANÇA.

E como diz o slogan do Projeto Rondon: Precisamos INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR! Que sejamos mais agentes sociais e menos, bem menos religiosos.

PS.: Tudo correu numa boa. Ida e volta. Devem ter sido umas 24 horas dentro do ônibus, somando os dois trajetos. Em meio às nossas estradas, vi o cuidado de Deus. Mais ainda sabendo que Ele cuidou de minha mãe, meu pai, meu irmão e meus amigos... É meu Pai Celestial! Fantástico!!!!

Dá-me almas

Essa canção é como uma "ilustração" da mensagem abaixo e da de cima também! Medite nessa letra!

DÁ-ME ALMAS
 chris duran - Dá-me almas


Qual seria o preço dessa multidão
Tudo o que eu tenho por uma alma só
Ouve-se um grito desesperador
O mundo em chamas clama por um pregador
Morrerias tu por elas abrindo mão dos teus desejos
Para viver grande colheita

(refrão)
Dá-me almas, dá-me vida
Dá-me águias, para encher o céu
Dá-me almas, dá-me vidas
Dá-me águias, para encher o céu

Qual seria o preço dessa multidão
Tudo o que eu tenho por uma alma só
Ouve-se um grito desesperador
O mundo em chamas clama por um pregador
Então como ouvirão se não há quem pregue almas
E o evangelho dos que anunciam a paz

Quem eles serão?

Esse texto foi publicado na edição junho/julho da revista Impacto World. É algo que tem me incomodado. Leia porque vale a pena!

“Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?” Rm 10.14-15

Decepção. Essa é uma das coisas que tenho sentido constantemente quando o assunto é “igreja”. Não falo da Igreja, da Noiva de Jesus, não, mas falo da instituição humana. É de lá que ouço e vejo muitas vezes coisas que me deixa profundamente triste.

Discipulado. Essa é outra coisa que tenho recebido de Deus e tentado passar para frente. Não falo de evangelismo, mas de discipulado. Aprendi que isso é caminhar junto com os novos na fé, com quem ainda “não consegue andar sozinho”. Mas como isso causa decepção dentro da igreja. Não há discipulado. Não há entrega pelos novos na fé. Existe um “sente aí e ouça”, mas não existe um “vamos juntos”.

Me lembro de um jovem com quem tive a oportunidade de conviver. Naquela época, com 12 ou 13 anos, mais ou menos, na igreja. Mas ninguém chegou para ele e disse “vamos caminhar juntos”. Não vou julgar, mas fiquei grandemente frustrado com a igreja quando andando pelas ruas da minha região vi aquele jovem, aquele adolescente, FUMANDO. Não devia estar com mais de 16 anos, e fumando. E onde está a igreja? Cantando “hinos de prosperidade”. O mundo não precisa ouvir cânticos de prosperidade, precisa ver e sentir o amor que Deus tem por eles.

Faço a mesma pergunta que Paulo fez. Como esses adolescentes, ou até mesmo crianças verão, crerão? Não há ninguém que doe seu tempo. Os jovens, grandes discipuladores, preferem gastar seu tempo com o namoro. Nada contra o namoro, mas esse relacionamento não deve ser mais importante que vidas à beira do abismo. E aí, onde paramos?
Andando pelas ruas, veremos adolescentes e jovens fumando, se drogando. Quais? Aqueles que a igreja ignorou. Aqueles que a igreja trocou por música bonita. Aqueles que a igreja trocou por namoros. Aqueles que a igreja deixou. Ah, quem irá até esses?

Ah, e quantos órfãos espirituais estão dentro das igrejas! Mas onde estão aqueles que vão adotar esses? Onde está a nossa geração de pais espirituais? Quem vai viver com esses novos na fé? As crianças estão crescendo vendo uma coisa e ouvindo outra. O que elas serão? O que elas farão? Nossos pré-adolescentes não vão às igrejas querendo saber quem é Jesus. Vão por causa dos pais que obrigam, vão por que tem meninas ou meninos “gatinhos” e “gatinhas” por lá. Quem serão? O que farão?

Para assistir a isso é só abrirmos os olhos. Qual a geração que vai ser formada? Falta discipulado, falta aos que se julgam sãos na fé caminharem juntos com os novatos, com aqueles julgados como neófitos. É preciso conhecermos o lugar onde estamos. Abrindo os olhos, veremos crianças que são abusadas sexualmente, meninos de 10, 11 anos que “ficam”, meninas de 10 anos que já sabem tudo sobre sexo, adolescentes que fumam, bebem ou têm vida sexual ativa, jovens com vidas duplas... Vamos julgar? NÃO. Precisamos discipular. Caminhar junto. Eles estão nas igrejas, sabia? Ao nosso lado! Vamos ignorar e deixar com que caiam nas mãos de Satanás ou andar junto com eles? Mostrar como faz, não falar o que é certo somente, mas adotá-los espiritualmente.

Aquele menino que contei no início não precisava ouvir, precisava ver. E assim como ele, muitos outros dentro e aos arredores da igreja também precisam. Temo que a decepção que sinto, seja o mesmo sentimento que Deus tem. Vamos. Vamos alegrar o coração de Deus. Viver e viver o amor que Ele tem, que Jesus MOSTROU a TODOS!

Ubabalo!

Essa notícia é da Junta de Missões Nacionais. Muito interessante a iniciativa!!!!
Ex-jogadores de futebol profissional, todos cristãos, estarão participando da Turnê da Esperança 2009 (Tour of Hope) por cinco países da África. Eles fazem parte da equipe ALEM Brasil que, atendendo a um convite de autoridades cristãs e, também, a governantes do Burundi, do Quênia, de Uganda, de Madagascar e da África do Sul, realizará jogos amistosos e beneficentes. Além da inauguração de um dos estádios a ser utilizado na Copa do Mundo da África do Sul, no próximo ano. Esta viagem, de acordo com a descrição dos próprios organizadores africanos, será um marco na história de seus países. Nossa equipe missionária parte do Brasil no próximo dia 16 de julho e retorna em 10 de agosto.

O Projeto Tour of Hope – uma parceria com o Programa Esportivo Missionário de Missões Mundiais (PEM) – iniciou-se no ano passado com uma viagem com esta mesma equipe a quatro países da Ásia, atendendo ao apelo de líderes cristãos de Myanmar para ajudar na reconstrução de seu país afetado pelo terrível Ciclone Nargys, em maio de 2008.

Agora chegou a vez do continente africano, sobretudo em razão da proximidade da Copa do Mundo de 2010, e o desejo dos líderes cristãos deste continente em usar nossa equipe no lançamento oficial de um gigantesco projeto de evangelização – Ubabalo ("graça de Deus" no dialeto xhosa) e África em função da Copa do Mundo de 2010. Recentemente recebemos nota oficial afirmando que a Embaixada Brasileira em Uganda estará presente aos eventos, bem como autoridades presidenciais, com ampla cobertura da mídia televisiva desses países. Tenho em meu coração que nossos atletas, alguns deles com passagem pela Seleção Brasileira de Futebol, campeões do mundo como Jorginho e Paulo Sérgio, terão a oportunidade de testemunhar sua fé para milhões de pessoas nos estádios através da televisão.

Confiante no apoio dos batistas brasileiros na retaguarda em oração, firmo o compromisso como Coordenador deste Projeto, de bem representar nossa denominação naqueles países, quatro deles sem nossa presença missionária.

Pr. Marcos Grava Vasconcelos (Supervisor da Equipe ALEM – Brasil e Coordenador do PEM da JMM)

PARA PENSAR...

Conheci esse rap ano passado, mas foi só esse ano que entendi sua mensagem. Depois de ver e perceber que essa situação descrita não está tão distante de mim. Medite nela! Reflita e veja... Talvez esteja bem perto de você!!!

Ao Cubo - Naquela Sala (Comp. Feijão e Dona Kelly)
AO CUBO - Naquela Sala


Gemidos numa noite de domingo madrugada
Lágrimas em gotas em pingos são enxugadas
Vozes soadas com gritos em doses meio falhadas
Abraços em amigos que trazem uma palavra

Lembranças já vêm da pequena criança que
(nem tinha maldade na mente)
Dependente da mãe que era crente no pai
(era apenas um garoto inocente)

Lembranças da criança em seu colo balançando
Quando triste ainda com fome em seu colo só que chorando
Sua mãe lembra da sua formatura do prézinho,
Um bom menino o aniversario de cinco aninhos.

E pra comemorar o aniversário tinha uma pá de criança em volta
De um bolo feito de fubá,
Com seu pai desempregado não tinha dinheiro nem pra mistura
Sua mãe sem poder dar um presente sentia culpa.

(Refrão)
Sabe quanto eu lutei
Pra fazer você feliz
Eu te eduquei não tinha dinheiro
Mas te ensinei
A minha parte eu sei que eu fiz.(bis)

Maiorzinho ele estava, da sua idade o mais ligeiro
Cabulava aula pra empinar pipa o dia inteiro
Era novo mais se ligava no movimento
De pouco em pouco lhe falavam que ele tinha mó talento
Um dia ele viu um maluco com um boot muito louco
Pediu um igual pra mãe e tomou croqui no côco
Não entendeu porque outro podia ter e ele não
Estava cansado daquela miséria, de toda aquela situação
Com 13 anos de idade recebeu um bom presente
A malandragem de onde morava, ficou contente
Uma proposta, cem reais pra levar mercadoria,
Era fácil é só entregar, e depois só alegria.
Chegou esse garoto em sua casa esse dia,
Com mistura sacolas de Danone a reveria
Surpresa, sua mãe quando abriu a geladeira
Deu sermão em seu filho com seu marido a noite inteira:
"Aonde você arrumou?
Que mercado cê roubou? Nunca te ensinamos isso.
mãe não roubei, esse dinheiro eu conquistei,
Ganhei com o esforço de meu serviço, é isso!
Cê não trabalha menino! Quem te deu serviço assim tão novo tão cedo?
E mesmo assim isso é estranho pra mim,
Por que é que tem muito dinheiro.
Foi sermão a noite inteira, mas pra ele valeu a pena
Foi diferente de outros dias, dormiu de barriga cheia
Acordou cedo e disposto sem medo para o trabalho,
Entregaram uma arma na mão desse frangalho.
Disseram que ele teria que cobrar uma dívida,
De um nóia que se pá ele teria que matar.
Gelo, falo, pros malucos "aí num dá".
E os malucos disse "ta na chuva é pra se molhar".
Quer coragem, tó cheira dessa carreira,
Que com isso aqui você vai ter coragem pra matar a noite inteira
E assim foi se tornando o mais psico da quebrada
Matava sem dor e sem dó, ossos do ofício, só pelo pó
A cocaína lhe fazia mais homem nessa sangria,
Um dia ele matou um homem com quinze tiros e ainda ria
Sua mãe, sua amiga, de corrida a vida inteira,
Já previa e sentia o que no futuro aconteceria

(Refrão)
Sabe quanto eu lutei
Pra fazer você feliz
Eu te eduquei não tinha dinheiro
Mas te ensinei
A minha parte eu sei que eu fiz.(bis)

E certo dia o jovem que era tirado pela maioria
Só por que dizia que era crente e Jesus em sua vida sentia.
Parou esse garoto e disse pra ele mudar de vida,
Que aquela era sua chance que Jesus o ajudaria.
Nem deixou o crente terminar, já saiu socando,
Dando coronhada na cara e na nuca do fulano
Gritando, ta tirando, que mudar de vida, ta tirando
Quer que eu volte a passar fome, eu sou malandro.
Ele se achava mais homem que qualquer um,
Uns diziam que tinha jurado um tal de Mussum
E na noite passada sua mãe ouviu uma pá de tiro,
Saiu lá pra fora e viu o tal Mussum matar seu filho
Saiu correndo e disse:
"Deus, cê sabe que eu fiz de tudo...
Mas ele não me ouviu e preferiu esse outro mundo"
No velório o pai e mãe chorando, poucas palavras,
Conversavam com o corpo do filho morto naquela sala.

(Refrão)
Sabe quanto eu lutei
Pra fazer você feliz
Eu te eduquei não tinha dinheiro
Mas te ensinei
A minha parte eu sei que eu fiz. (bis)

Por ter cessado sua existência terrena,
Entregaremos seu corpo a terra.
Terra a terra, cinza a cinza, pó ao pó.
O espírito nós os deixamos nas mãos de Deus.
Esse é o ponto final de uma vida, no sepulcro não há obras,
Nem conhecimento nem sabedoria, e ele todos nós iremos cedo ou tarde.
Confiemos naquele que diz:
-Eu sou a ressurreição e a vida aquele que Crê em mim ainda que esteja morto viverá.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Graça


“Graça, que maravilhosa graça. É imensurável e sem fim...” Esse trecho de um hino antigo (não é recente, é?) traz uma preciosíssima verdade. Graça. Participei de um estudo sobre o capítulo 6 da carta de Paulo aos Romanos e, realmente, saí de lá com isso mais firme em meu coração.

Numa semana em que recebi de Deus a tarefa de sair da zona de conforto e comodismo e ousar, essa palavra vem como uma luva. Graça. “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça”, diz Romanos 6.14. O verso que mais me chamou a atenção. O estudo dizia sobre o que é viver com Deus. E esse realmente nos dá a resposta do que é “viver com Deus”.

Durante muito tempo achei que, se eu fosse bonzinho, iria para o céu. Se eu fizesse isso ou aquilo definiria a bênção de Deus ou não na minha vida. Mas não. Tudo vai ser pela graça. E isso é bem mais profundo. Graça. Em uma semana na qual tive a oportunidade de falhar muito feio com Deus, praticamente após um momento tão agradável com Ele, tenho isso no meu coração. Não será o que eu fizer ou não fizer que me fará merecedor. É a graça de Deus que me alcançou através do sacrifício de Jesus que me dará vitória, ou melhor, JÁ ME TROUXE VITÓRIA. Isso é fantástico!

Nós não conseguimos entender isso. Talvez nunca vamos chegar ao total conhecimento do que significa graça. A própria Bíblia nos traz o fato de alguém morrer por um justo, mas morrer por um pecador? Isso é fora da LEI. Isso que Paulo nos afirma no vs. 14. Já se foi o tempo em que era preciso obras para salvação. É pela graça. Um justo morrendo no lugar de VÁRIOS injustos. E por nós.

Isso nos faz rever muitos conceitos. Como temos nos comportado diante do pecado? Normal? Falha grave? Já era? Tenho entendido que NADA nos separará do amor de Deus. NADA. E não é porque eu sou bonzinho, mas porque o meu Pai Celestial ME AMOU. Mas ainda temos que aprender muitas coisas. Interessante que, nesse culto em que fui, a irmã que fez a meditação de abertura falou exatamente que é naquele nosso pior momento que devemos ir à igreja, ao culto. O próprio Senhor Jesus nos diz em Lucas, depois de salvar Zaqueu, que “veio buscar e salvar o perdido”. O que vemos, infelizmente, é o contrário. “Se estou bem, vou ao culto, se estou mal, não vou”. Não é o fato de estarmos bem ou não que nos aproximará de Deus, mas é o fato dele JÁ TER SE APROXIMADO DE NÓS através da graça.

Muitos podem pensar que isso significa que podemos ter uma vida de qualquer jeito e tal. Mas é exatamente o contrário. Descobrirmos que tudo o que temos e somos é pela graça, nos faz querer desistir de uma vida de qualquer jeito, mas pelo contrário, nos faz querer retribuir esse amor tão INCONDICIONAL, como se pudéssemos!!!

Que possamos entender que tudo isso aqui, É PELA GRAÇA! Que “é maior que a minha iniqüidade, é revelação do amor do Pai, o nome de Jesus engrandecei e a Deus louvai”. Que essa seja uma verdade e que possamos descobrir a cada dia o amor que Deus tem por nós. Um amor maior que tudo que podemos pensar ou imaginar. Um amor que não pediu nada em troca. Quando entendermos isso... viveremos como Filhos... Isso sim nos fará viver melhor.

terça-feira, 5 de maio de 2009

De onde me vem o socorro?

Estou há muito tempo sem postar nenhuma experiência aqui no blog... Mas que bom... Deus tem me incomodado por isso!!! Não pense que estive afastado dele esse tempo, simplesmente não conseguia parar para escrever o que eu estava passando, mas hoje esse tempo chegou, rsrs!!! Segue abaixo uma mensagem que me fez refletir!!!

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Diante de algumas crises, Deus sempre nos traz à memória aquilo que nos dá esperança. Essa verdade bíblica é fantástica! Deus nos deixa passar pela crise, mas não que permaneçamos nela, sem que vejamos o que nos dá esperança!

Dessa vez o que me veio ao coração foi o que aconteceu ano passado e não tinha me dado conta da grandiosidade do fato. Antes de chegar à cidade de Catuji, quando fui ao Projeto Rondon, passamos perto de uma pedra muito grande. Como era bem de manhazinha, lá pelas 6 da manhã havia muita neblina e não era possível ver o ponto mais alto da montanha. Mas viajei (eu e mais quase todo mundo do ônibus) naquilo, tirei fotos, mas sem me dar conta do que viria a seguir.
Em nossa estadia na cidade de Catuji e pelas andanças pelas comunidades próximas fomos parar em frente a ela. Ou melhor, duas vezes que me lembro! E hoje me lembrei de uma. Muitos casos, de certo ponto de vista, desesperadores e o que Deus me trouxe à memória é o que Davi diz que o Senhor é a rocha mal alta que ele. Essa verdade se reforçou quando me lembrei daquela grande rocha, pedra que vi na região de Catuji.

Mesmo cercada de mato, diante de chuvas ou neblinas ela continua lá! E a nossa rocha também é assim. Jesus continua o mesmo. O Pai continua o mesmo. O Espírito Santo continua o mesmo.

Ah, mas como é difícil crer nisso em alguns momentos. Tempos que dá vontade de parar tudo, mas devemos nos perguntar como Davi: “Elevo os meus olhos para os montes e me pergunto: De onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”.
Essa sim vai se tornar uma realidade. De fato, vamos poder declarar com toda a fé e vitória: JESUS, A ROCHA MAIS ALTA QUE EU!!! Ele sim, é o meu refúgio, o meu escudo, a minha razão, por isso não temerei!!! Ainda que um exército se acampe ao meu redor, não temerei mal nenhum, pois Ele, a ROCHA MAIS ALTA, está comigo!!!

terça-feira, 24 de março de 2009

POLÊMICA

Mais uma vez, a polêmica que envolve o envolvimento de cantores evangélicos e seculares é o tema de nossa discussão. Régis Danese, autor de "Faz um milagre em mim" ou "Como Zaqueu" para os mais desavisados, fez uma gravação com o grupo de pagode Pique Novo. O vídeo circula pelo youtube. Outra foi Dj Marcinho, que também gravou uma versão da música, essa sem o Régis. E aí surge um debate: Isso é válido? Comentem!!!!

Régis Danese e Pique Novo: Clique aqui!
Mc Marcinho: Clique aqui!

sábado, 14 de março de 2009

ESSÊNCIA E INFORMAÇÃO EM ALTA DOSAGEM

O ano vai passando...

Em abril vão completar QUATRO ANOS da revista Impacto World. Uma data muito especial, particularmente para mim. E pensar que há dez anos eu não tinha perspectiva nenhuma de ser um universitário, ainda mais de jornalismo! É! Deus é muito bom e é mais ou menos que vamos tomar como ideologia em 2009. ESSÊNCIA E INFORMAÇÃO EM ALTA DOSAGEM. Esse vai ser nosso lema. E nessa semana pude sentir um pouco sobre ESSÊNCIA. Fiquei sem computador em casa, e para minha lembrança isso não acontece desde 2007. Resumindo, me lembrei de uma época que tinha acabado de conhecer Jesus. Não o adorava por causa da música do computador, ou porque eu podia atualizar o blog em casa (como estou fazendo agora), mas porque simplesmente O amava e queria conhecê-Lo. Essência! Mais ou menos em cima disso que estou sendo ministrado... Parece que deve sair daí a reportagem de capa da IW abril, comemorativa de 4 anos... Muitas novidades virão... Tudo para a glória de Deus...

Como me lembrei essa semana... Deus tirou Davi por detrás das ovelhas malhadas... ele era um jovem sem perspectiva... e deu no que deu... É... Deus é mais... Jesus é ESSÊNCIA... o MOTIVO...

terça-feira, 3 de março de 2009

TUDO É POR DEUS E PARA DEUS!!!

Depois de "séculos", volto a postar uma mensagem aqui no blog...
Essa aqui saiu na Impacto World de fevereiro... Passei por uns momentos de crise...
Vale a pena ler...

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Sabe quando as coisas dão certo e a gente fica sem saber onde acertamos, ou então, porque as coisas estão fluindo? Pois é. Me vi assim nesses últimos dois meses. Mas não vá pensar que não entrei em crise, pelo contrário, muitos dilemas me ocuparam um pouco do tempo.

Mas o que quero comentar é sobre algo que deve acontecer com muita gente. Parece que quando as coisas começam a dar certo, tendemos a achar que somos bons, que sabemos fazer alguma coisa muito bem... As pessoas em volta começam a achar aquilo bom e vêm os elogios... Pois é, qual o problema? O problema é que algo está errado, eu diria bem errado. As coisas acontecem certo, porque é Deus quem faz, e algo que me incomodou demais (e continua incomodando) é que não sou eu quem faz, mas Deus através de mim, oras.

Eu disse que tive muitos dilemas porque não sabia se era realmente pra fazer exatamente por isso. Se for para eu fazer e as pessoas olharem e acharem que eu sou bom então eu não faço. O alvo TEM QUE SER JESUS. Coisa difícil! Não pense que é fácil focar só em Jesus porque não é. O diabo (sim, o diabo) é esperto. Ele sabe que a gente gosta de um elogio, de um “você fez tão bem!”... Passamos a ouvir e aí... Bem, aí que Deus é bom demais (e bem, bem, mas bem mais esperto) e nos livra do mal. Como? Nos fazendo cair, talvez! Cair? Isso, se cairmos vamos ver que somos falhos e pequenos...

É muito interessante quando achamos que algo não vai dar certo porque pecamos. E depois vamos e vemos que deu certo! Mas como, EU FIZ ISSO, EU FIZ AQUILO... Pois é, mas DEUS FAZ MAIS! Só isso! E aí sim, percebemos quem é Jesus na hierarquia...

Ah, mas também não pense que sou “supercrente” e só focalizo Jesus na minha vida! Infelizmente, às vezes, acabamos dando ouvidos ao que o diabo diz e caímos, seja no pecado que nos persegue ou então na soberba de achar que somos alguma coisa. Erro, mas o que Deus tem ensinado é que Ele é muito mais e quando eu acho que as coisas não vão rolar por causa de mim... Ele vai lá e me mostra que quem faz é Ele, que as coisas são d’Ele, por Ele e para Ele... Isso é fantástico! E quando não rola, sei que não rolou porque não era para rolar!

Nesses dias que fico pensando em como deixar claro que as coisas são de Deus, por Deus e para Deus, percebo que o melhor a se fazer é sermos nós mesmos. O mundo não está a procura de pessoas perfeitas, mas o que lemos na Bíblia é que o mundo aguarda pela manifestação dos filhos de Deus. Temos que ser nós mesmos e deixar fluir! Se somos realmente filhos de Deus, vamos transparecer que somos separados, diferentes, pequenos... e que no agir, deixamos claro que o Senhor é muito mais!

Quando converso com algumas crianças da igreja e elas descobrem que também cometo erros (que descoberta! Rsrs) vejo que o segredo é esse... Se alguém mantém a fé porque fulano é “santo” e ela descobre que esse “santo” falha... já era! Adeus fé! Porém, se mantemos nossa vida transparente, deixando visível nossas falhas e PRINCIPALMENTE NOSSA FÉ, vidas são alcançadas e vão querer saber o porque de tudo isso!

Hoje, já fico mais tranqüilo quando acontece algo que pode me deixar ensoberbecido! Oro e entrego tudo pra Deus! E quando recebo elogios, honra... me lembro do texto que diz que tudo vem de Deus, é por Deus e é para Deus! O versículo termina dizendo “A ELE A GLÓRIA POIS, ETERNAMENTE”. E assim seja!!!

Achou o texto legal? É pra Deus!!!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

2009... LIÇÕES DO NOVO ANO!!!

Enfim, uma mensagem nova!
Que legal, desde o ano passado que não escrevo, e desta vez, ou melhor, mais uma vez, quero falar sobre o amor de Deus.

Aliás, esse amor que é tudo! Pois bem, desde meados de dezembro tenho sido confrontado com algumas situações que me tem feito pensar nisso.

Domingo, dia 4 de janeiro. O culto de domingo à noite rolando, até que chegou o momento da pregação, Muito profunda a palavra. Com base em Marcos 8.31-37, fomos ministrados sobre como Jesus nos toca e ministra. Na história bíblica, o Senhor cura um surdo e mudo. Nosso novo pastor (bem legal, por sinal) nos contou sobre como podemos ver Jesus nos tocando. Ele sabe quem nós somos, nos trata separado (vs. 33a). Mais ainda, ele toca na nossa ferida, por amor. E podemos ir além, ele faz do jeito d’Ele, muitas vezes sem que compreendamos o porque (vs. 33b). Ah, e é claro, o Senhor nos mostra que Deus nos ama profundamente, quando lemos no vs. 34 Jesus olhou para o céu. E suspirou... Ele nos ama tanto que suspira por nós! Jesus é realmente fantástico!!! E por fim, nos dá a bênção... Na história base, Ele fez com que aquele surdo mudo ouvisse e falasse com uma só palavra (vs. 34b). No vs. 37, lemos que as pessoas da época, maravilhadas com o que Jesus fazia, contavam que Jesus fazia as coisas “esplendidamente bem”... E é verdade...

Bem, mas não acabou! O culto terminou sim, depois da oração do pastor por aqueles que queriam receber algo de Jesus e oferecer sua vida também, e depois dos avisos e do último louvor! Bem, pensei que poderia tomar o café e ir embora, como se nada de sobrenatural fosse acontecer, ou que nada fora do “script” apareceria, mas...

Isso, teve um “mas”! Assim que eu desci, fomos para uma sala e fiquei sabendo. Um jovem (conhecido de alguns da minha igreja e da região) que acompanhou o culto inteiro FURTOU o celular do meu amigo! Cara, como assim? Fiquei chocado com aquilo! Mas, diante daquela situação em que meu brother quase chorava por causa do celular de quinhentos reais, tentava consola-lo. Estávamos eu, o pastor, um diácono e meu amigo. Eu dizia para ele para ficar calmo, é óbvio. Até porque se você que lê meu blog se lembra, em 2007, em setembro, meu mp3 foi furtado na faculdade. Pois é... sei mais ou menos o que é ter algo furtado por quem a gente não espera (se esperasse seria estranho, rs) e onde nem imaginamos.

Bem, vamos lá. Lições dessa situação. O mundo não acabou! Falei isso para ele. Fiquei quase desesperado junto com ele, mas não passou nem perto. Tudo bem, dizia que Deus proveria o dinheiro. Mesmo sendo caro (meu orçamento não me permite! Rs) eu o fazia lembrar de quem deu o celular e o dinheiro para comprar... Deus! Oras... E Ele vai nos desamparar? Justo numa noite em que ouço que Jesus nos conhece e ama profundamente da forma como ouvi... Isso é fato! Algumas pessoas ficaram um tanto quanto inquietas... mas tipo, Deus tem tudo sobre controle, mesmo que a gente ache que está tudo acabado... não, não está! Fomos na delegacia fazer BO. Fomos nós dois! No caminho, conversávamos e eu contava a história do furto do meu mp3 e consolava ele também... Lá, na delegacia ficamos sabendo... Nosso conhecido era também conhecido dos policiais de lá... isso mesmo. Era a quarta vez que ele fazia isso... Na verdade, ele pediu o celular emprestado (DENTRO DA IGREJA, DURANTE O CULTO... QUE OUSADIA!) e no descuido do dono... “Vazou!”

Bem, meu brother ficou mais calmo (relativamente, entendamos!) e fomos embora! No caminho, relembrava pra ele que o amor de Deus não acabou e que Jesus continuava o amando da mesma forma.

Mas porque contei essa história (que é verídica!)? Para que possamos nos lembrar que as situações do dia a dia nos ensinam várias coisas. Lá em 2007 aprendi (e virou capa da Impacto World) com o furto do meu MP3, durante 2008, aprendi muitas lições, sendo que algumas foram dolorosas... Esse ano também vou aprender e já comecei aprendendo... Então, não sei se você também teve alguma perda, mas sei que o mesmo Deus que eu sirvo te ama! O mesmo Jesus que eu adoro, te ama! Ele não muda! Como eu escrevi em uma das mensagens de 2008, o trono de Deus é inabalável... Ele tem todo domínio, todo controle!

Que possamos nos fortalecer a cada dia! Não sabemos o que virá! Hoje foi com meu brother, amanhã pode ser com algum de nós! Deus permita que não! Mas seus caminhos são insondáveis e Ele tem sempre o melhor! Aliás, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus!!!

São lições bíblicas para lições que aprendemos no dia a dia!
Pra terminar... Amanhã será melhor! E queria destacar também que NÃO IMPORTA O QUE ACONTECER, DEUS CONTINUA SENDO DEUS E NOS AMANDO! AS COISAS PODEM PASSAR, MAS O AMOR DE DEUS JAMAIS PASSARÁ!!! QUE POSSAMOS VIVER ESSE AMOR! É A MELHOR COISA QUE TEMOS!!!

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OBS 1: Não pense que sou insensível e que não me importo ou não me importei com ele. Pelo contrário, ele é um dos meus melhores amigos! Desde quando me converti que caminhamos juntos! Apenas estou usando uma experiência real para dar uma mensagem de consolo de que não é o fim! Agradeço a Deus por ter amigos e esse é um deles. Tudo que escrevi aqui falei com meu amigo e ele sabe que estou publicando esse post...

OBS 2: Fique ligado no que acontece. Não empreste as coisas pensando que todo mundo vai te roubar, entretanto, lembre-se dos lobos em pele de ovelhas... E mais ainda! Ore pela nossa juventude! Muita coisa acontece porque nossa geração não tem dado testemunho e isso é muito triste! E agora e em 2009... Bola pra frente!!!
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E mais: COMENTEM!!!!
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