terça-feira, 16 de novembro de 2010

Que amor é esse?


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3.16

Tempos modernos. Tempos onde não temos tempo. Não temos tempo para orar tanto, para ler a Bíblia. MSN? Orkut? TV? Sim, para tantas dessas outras coisas temos tempo. Mas muitos de nós ainda paramos para orar. Ah... mas será da forma certa?

Falando por mim, existem épocas em que nos achegamos a Deus simplesmente porque precisamos orar ou então porque precisamos de algo das mãos do Senhor. Seria isso o que Deus quer de nós?

Não podemos continuar se não for o amor de Deus. Que amor? Um amor que não desiste de nós, mesmo sabendo quem e como somos. Sim, esse amor, maior que o amor dos pais, maior que amor de amigo, maior que amor de irmão, maior que amor de homem e mulher... um amor que não acaba. Esse é o amor de Deus e a Bíblia nos diz que Deus é amor. Que maravilha!!!

Creio que o que Deus quer de nós é uma rendição total a Ele a ponto de nos achegarmos a Ele somente para dizer o quanto O amamos. Ele não nos pede nada em troca para nos amar. A iniciativa é toda dEle. E nós?

Quando entenderemos que não é a nossa mera oração e o simples fato de orarmos que vai mover o coração de Deus? É o AMOR QUE O PAI TEM POR NÓS. Ele espera que reconheçamos isso. Assim ele cumprirá o desejo do nosso coração, PORQUE NOS AMA. Nossa oração pode sim ter pedidos, mas principalmente QUE NUNCA NOS ESQUEÇAMOS QUE AMOR É ESSE!

(Música: Que Amor é Esse? | Quem canta? Clamor pelas Nações)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Deixem-nos pensar!


Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu ou falou alguma coisa preconceituosa em relação ao ambiente universitário -- ainda mais em relação aos jovens cristãos! Afinal, é ali que se aprende a questionar, e isso só pode significar perigo, certo? Talvez, mas então seria necessário aumentar as restrições: internet, televisão, música, relacionamentos... Há quem chegue a extremos assim, insistindo para que os jovens vivam em uma redoma feita de dogmas indiscutíveis e padrões inalcançáveis. Porém, também há quem proponha um estilo de vida pensante, estimulando a reflexão e não permitindo que o jovem simplesmente “engula” o que lhe é dito. A preocupação de que o jovem se desvie ao entrar na universidade é pertinente, pois isso de fato acontece, e não são poucos os casos. Contudo, talvez a “culpa” não seja só do jovem. Durante sua caminhada cristã, ele foi estimulado a pensar? Se não foi, é natural que tenha conflitos ao aprender que o mundo não é feito de verdades únicas e definitivas, que somente repetir algo dito por outro não é suficiente e que versículos decorados e orações fervorosas não vão resolver todos os problemas.

É interessante que muitos universitários não acostumados ao ambiente eclesiástico fazem perguntas relevantes quando diante de ensinamentos bíblicos: “De onde vem a Bíblia?” “Por que eu devo acreditar no que ela diz?” “O que a torna interessante?”. Infelizmente, dentro da igreja poucos se fazem tais perguntas ou têm permissão para fazê-lo, pois questionamentos assim não raro são interpretados como falta de fé. Porém, a pergunta que não quer calar é: de que adianta uma fé cega? O cristão que assume uma postura pedante como dono da verdade talvez não consiga mais do que “irmãos” que concordam com suas ideias e antipatizantes que não entendem como em pleno século 21 ainda tem gente capaz de ser tão simplória. E como é possível evangelizar quando a comunicação é limitada à pretensa “verdade” que se espera ser aceita de imediato?

A dimensão do problema é ampla e afeta diretamente o jovem e, consequentemente, a igreja. Sem reflexão não há esperança de uma fé viva, que faz sentido e contagia outros. “Deixem-nos pensar” é o grito calado de muitos jovens de hoje, que não querem ser vistos apenas como rebeldes cujas “rédeas” dogmáticas ainda não estão bem presas. Se a fé -- que continua sendo inexplicável, transcendente e pessoal -- não for sinônimo de ignorância, mas envolver coerência e consciência no processo de se relacionar com Deus, há de se considerar uma futura geração mais preparada para liderar a igreja, questionando seus moldes e buscando fazer uma diferença que alcance a sociedade, inclusive a pensante.

O desafio de ensinar a pensar pode até ter proporções gigantescas, mas não é impossível. Que a igreja não subestime os jovens, mas ajude-os. Que a universidade seja algo almejado, não só porque a sociedade profissionalizante de hoje o exige, mas pela oportunidade do aprendizado, visto como algo positivo, enriquecedor, importante. Que movimentos universitários cristãos, como a Aliança Bíblica Universitária do Brasil, venham a crescer e contribuir com a criação de um espaço para a reflexão coerente da Bíblia inserida no próprio espaço acadêmico. E que Deus não deixe de desafiar e ensinar os jovens e igreja. São os devaneios de minhas jovens orações.


Vi esse texto da Sara Grünhagen, 20 anos, que cursa letras pela Universidade Federal do Paraná e teologia pela Faculdade Fidelis, em Curitiba, e está envolvida com a ABU da Região Sul no site da Ultimato e publiquei aqui!

"Eu nunca tive amigo"

Tenho ouvido muitas histórias durante esse ano. Histórias de crianças e adolescentes com conflitos, ideias, dilemas, opiniões e até mesmo crises. Fico feliz por poder fazer parte e por Deus permitir que eu, um cara falho e com pecado, possa acompanhar muitos desses, inclusive tendo amizades sinceras com vários.

Vejo que meus problemas, conflitos e dilemas, muitas vezes, não chegam nem perto da complexidade de alguns casos que já ouvi esse ano. O legal é que vou aprendendo a lidar com os meus problemas, enquanto ouço e até aconselho esses meninos e meninas.

Um dos casos que mais me comoveu, recentemente, foi ouvir de uma criança a seguinte frase: “eu nunca tive amigo”. Mexeu comigo porque eu estava sendo, talvez, a primeira pessoa a dar ouvidos para esse menino, para ouvir sua história. E como é bom poder abençoar, mesmo sendo quem sou.

A questão é que só existe uma pessoa capaz de dar a paz em meio a tantos conflitos. Somente o amor de Deus consegue fazer com que possamos deitar e logo pegar no sono sem trazer à memória desgraças e tragédias de nossa vida. Em especial, tantas crianças e adolescentes que necessitam disso: se renderem a Deus e ao Seu infinito amor.

Mesmo Deus sendo grande e poderoso, Ele nos ama incondicionalmente e está sempre de braços abertos a nos dar paz. Para os pais e educadores, o recado é para que ouçam e valorizem as crianças e adolescentes. Como diz aquela música do CD “Samuel” do Diante do Trono, “não despreze as crianças, pois foi uma criança que ouviu a voz de Deus”. Para você que está lendo e é uma criança ou adolescente que se encaixa em tudo isso que escrevi por aqui, se renda a Deus. Aprendi que podemos desabafar totalmente para Deus. Dizer que estamos tristes, bravos, revoltados, com vontade de matar alguém... enfim, podemos desabafar para esse Deus amoroso.

Um Deus que nos cura, que sara nossa dor, que nos ama, que nos sonda, que conhece tudo que somos... Quando fazer isso? Que tal agora?

Texto da coluna Vivendo na Impacto World de out/nov 2010
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...