Simples. A vida é simples. Não digo fácil, mas simples. Em tempos modernos em que o dia parece ter menos horas para alguns (me incluo aí), dizer que a vida é simples é meio louco.
Mas vamos lá. O que tem movido nossa vida? São os interesses em ganhar mais dinheiro? Não são poucas as pessoas que já me disseram para “vazar” de Juiz de Fora e ir em busca de voos maiores fora daqui. São os interesses profissionais? São os interesses em ver sua família feliz? O que tem movido nossa vida?
Posso dizer que, de acordo com nossas motivações, a vida tende a se tornar mais ou menos simples ou complexa. Estou atrás dessas respostas.
Dia desses recebi um depoimento no Orkut. Nada demais, se não fosse de um dos meninos da UCP, que conheço há dois anos, um que admiro demais. Apenas 11 anos e dá testemunho de cristão melhor que muito jovem que conheço por aí nas igrejas. Estava lá o depoimento. Simples, duas linhas. O suficiente para mexer comigo. Simples. Não precisou ser nada de outro mundo. Momento em que vi o quanto vale a pena seguir o que estou seguindo, fazer o que estou fazendo.
São coisas assim que deveriam nos mover, nos motivar. Dinheiro? Sim, preciso e precisarei. Mas creio e, pela fé, continuarei crendo que, enquanto minha motivação estiver em coisas simples da vida, coisas que sentimos e vemos o agir de Deus, o próprio Deus entra com provisão, com o cuidado. Se Pedro foi capaz de escrever para os jovens na sua primeira carta e convidando-nos a lançar “sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”, por que eu deveria duvidar?
Mais tarde do mesmo dia, encontrei com o menino numa reunião da UCP, e ele me deu um abraço. Um depoimento seguido de um abraço. A vida passa a ter sentido. Você deixa de ser guiado por interesses desse mundo e, de repente, passa a observar o que Deus faz em você e através de você.
Minha motivação deve ser uma. Viver para agradar ao meu Pai Celestial. Tudo o mais, se não for baseado nisso, é resto.
Texto publicado na edição de dezembro da revista Impacto World
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