terça-feira, 6 de maio de 2008

BOTAFOGO? RECLAMAR? POR QUÊ? E OS SURDOS?

Domingo, 4 de maio de 2008. Pela manhã quase o de sempre. Fui à escola dominical na igreja, ministrei a lição para os pré-adolescentes. Foi interessante porque conversamos sobre o sermão do monte e discutimos sobre se seria certo ou errado nos vingarmos... claro que defendi o bíblico de ser errado. Depois da escola o Davi foi almoçar na minha casa e aí... bem, ele ficou a tarde toda até que às quatro horas... começou o futebol... vi o primeiro tempo de Atlético Mineiro e Cruzeiro (o galo precisava vencer por 6 a 0 para ser campeão, no final perdeu por 1 a 0 e foi vice). No intervalo pude ver o golaço do Lúcio Flávio (brincadeirinha... o goleiro Bruno do Flamengo falhou feio demais...). 1 a 0 para o Botafogo na final do campeonato carioca levava a decisão de quem seria campeão iria para os pênaltis... tudo bem, o trato que eu tinha feito com o Davi era de irmos ao colégio Jesuítas (uma escola muito chique de elite em JF) para encontrarmos com um amigo dele surdo que iria à igreja conosco. Outro detalhe é que o Davi e a Nayara estariam interpretando em libras (língua dos sinais) durante o culto! Fomos a pé. Em uma das primeiras esquinas... o Flamengo empata o jogo! É!!! Andamos durante uma meia hora e quando chegamos ao colégio... o “simpático” do porteiro avisa seu amigo pelo fone... Flamengo 2, Botafogo 1. Cara... como assim? O Botafogo perdeu a final do carioca de novo para o Flamengo? (ano passado também foi assim...) É... esperamos o amigo do Davi... enquanto isso eu tentava me lembrar de que Deus é maior... Mas quando descem os surdos... Vi como sou um privilegiado... Eram uns cinco a sete surdos que se comunicavam por sinais, com pouquíssimo som e ainda sim, que não davam para entender... E eu ali querendo reclamar da derrota do Botafogo, mas não consegui, senti Deus me falando para olhar para aquelas pessoas... sem poder falar, sem ouvir... com tudo para querer desistir de tudo, mas fazendo um curso para se socializarem. Foi fantástico ver o quanto eles se mostram felizes (não que estejam satisfeitos, mas felizes). E eu ali, não entendendo nada... o Davi conversava em libras com o Willian (esse era o nome o surdo amigo dele) e eu sem entender nada! Mas entendia que eu não podia reclamar da minha vida... eu posso ver, eu posso ouvir, eu posso falar... mesmo que eu não tenha algumas coisas... coisas tão simples que tenho, aquelas pessoas não têm. Por quantas vezes passamos por lutas, tribulações e tantas outras coisas que nos dão vontade de desistir, de largar tudo, até mesmo depois da derrota do nosso time... mas aprendi e passo isso para você que lê, lembre-se dos surdos, dos cegos, dos mudos... não ouvem, não vêem, não falam. Já no ponto de ônibus, o Willian falava para o Davi que ele era flamenguista (puxa vida!!!) e ainda mostrou um recorte de jornal com o resultado de uma derrota traumática para o Botafogo na final da taça Guanabara em 24 de fevereiro desse ano por 2 a 1. Puxa vida, e ele ainda me zoou... É... Mas me alegrei, alguém que tinha tudo para reclamar... no ônibus, ele e o Davi se falavam em libras... eu só observava... muito legal! Ainda sobre Flamengo e Botafogo, o time rubronegro venceu por 3 a 1, ou seja ainda fez mais um gol... ai, ai.
Na igreja, enquanto eu abria a porta que tem aquele negocinho (esqueci o nome, rsrs) em cima e em baixo, o Willian ainda brincou com a minha altura... como assim? dessa vez não perdoei, hehe. Falei, com sinais analfabetos, rsrs (não sei se ele entendeu) para ele, então, abrir, ora essa!!! Bem, na hora do culto, ele ficou no banco da frente. Foi legal ver a Nayara interpretando as músicas (Pelo Senhor, Cantarei seu amor e Preciso de Ti) e o Willian acompanhando. Só destaco também que ele é católico e foi uma vitória para Jesus (que só vence!!!) a mãe dele ter deixado ele ir... eu fui ficar com as crianças, ministrar o culto infantil (junto com a Joyce) e na hora da oração da igreja por nós ele também estendeu a mão, glória a Deus. Não vi a pregação, mas o Davi quem traduziu em libras para ele. Como Deus sempre faz coisas fantásticas, a lição que dei para as crianças foi sobre José e como ele sofreu sem reclamar... tudo a ver, né? Depois da pregação, eu pude ver a apresentação das crianças da igreja de uma música do Diante do Trono para crianças sobre missões. O fantástico e impactante para todos foi que a música foi cantada pelas crianças em libras... ensinadas pelo “tio” Davi. Foi muito legal. Em uma das partes vi o Willian fazendo o sinal que significa Jesus (esse eu sei)... imagina ele em casa depois disso!? Bem, aprendi muito.
Depois disso eu acredito mais ainda que existe muito mais para ser feito pela igreja ainda... Sei que surdos como o Willian ainda ouvirão o som que vem do céu, aleijados andarão, cegos verão, mudos cantarão (Isaías 35)... Tudo isso pelo nome de Jesus... que isso se cumpra nos nossos dias...
É preciso parar de reclamar de tantas coisas e crer... pois aquele que crer, verá a glória de Deus e fará obras no nome de Jesus maiores do que as que o próprio Jesus realizou... está na Bíblia... é só crer!!!
Quanto ao Botafogo... acredito que mesmo perdendo vou continuar sendo botafoguense... derrota? Não vou tirar ninguém, mas nossa fé, a razão da nossa alegria deve estar em Jesus que nos faz muito mais que vencedores... e não em times, em homens!!!

DEUS QUER MAIS!!!

Deus tem me mostrado que existe muito mais a ser feito, muito mais a ser visto, muito mais a ser vivido. Penso que vivemos em uma geração com uma fé baseada em momentos. Fé baseada em momentos de culto. Deus não busca adoradores de momento, mas adoradores em momentos em que tudo diz não... MENOS A VOZ DO SENHOR. Voz essa que muitas vezes passa despercebida. O Senhor quer fazer milagres. O Senhor quer curar cegos, fazer coxos andarem. O Senhor quer fazer surdos ouvirem. O Senhor quer fazer tanto. Ele quer levantar uma geração de jovens que amem a Jesus, não sejam apaixonados de vez em quando, mas que queimem de paixão com amor.
Pela fé posso ver crianças sendo batizadas com fogo e sendo instrumentos para curar. O Senhor quer confundir os sábios. O Senhor quer usar instrumentos que vão confundir aqueles que se acham sábios. Televisão, rádio, campos de futebol, política, ongs, faculdades, escolas... O Senhor quer usar filhos Seus para levar sua palavra de paz e salvação àqueles que vivem vazios, perdidos, sem rumo na vida.
Crianças morrem, adolescentes morrem, jovens morrem, adultos morrem... E aí? Não vamos crer naquele que nos chamou e nos disse “IDE”? Não vamos crer naquele que disse que aquele que crer, obras maiores do que as descritas na Bíblia fará, em nome de Jesus?

1º SHALLON ZONA SUL - Curumim

Tudo começou a mais de um ano atrás. Orando na laje da minha casa Deus guiou meus olhos para o pátio do Curumim. Deus colocava em meu coração algo muito forte de que algo aconteceria ali, que iria impactaria aquele lugar.
De início parecia ser só empolgação, mas com o tempo o negócio foi ficando sério. Orava profeticamente sobre aquele local, Deus queria que algo fosse feito ali. Imaginava algum culto ali, da igreja, um impacto envolvendo todas as igrejas, quem sabe. Mas o tempo foi passando até que chegou janeiro deste ano. Planejava em meu coração o aniversário da Impacto World de 3 anos ser no local. Faltava algum tempo, mas conversei com meu pastor que, de início não deu muita bola, pelo menos era o que parecia. Uma semana antes do acampamento de carnaval ele me disse que depois do retiro iríamos começar a pensar no culto sim, na burocracia de conseguir o local. Bem, eu continuava a orar. O tempo foi passando e o pastor foi correndo atrás da papelada de que precisávamos para o culto. Como já disse aqui no blog, havia tido um primeiro obstáculo o qual seria a data que necessariamente precisava ser em abril (mês de aniversário da IW). O dia preferido era dia 12. Mas o que aconteceu? Foi divulgado que no mesmo dia teríamos em Juiz de Fora a Fernanda Brum e o Trazendo a Arca. Bem, por mim não teria nada a ver realizarmos o culto de aniversário da IW no mesmo dia, mas começávamos a pensar numa segunda opção, num outro dia. Qual? Antes, quero só dizer que aconteceu que só a Fernanda veio no dia 12, o Trazendo a Arca foi no dia 19. Detalhe que não fui a nenhum dos dois (dia 19 eu estava no acamp em Simão Pereira). A pouco mais de um mês antes do culto marcamos para o dia 26. pronto, neste dia comemoraríamos o aniversário da IW e o pós-encontro do pessoal que foi no acampamento em Simão Pereira. Estava marcado o 1º SHALLON ZONA SUL.
Enquanto o pastor corria (ou dizia correr, hehe) atrás dos papéis de autorização para usarmos o pátio do Curumim, eu deveria correr atrás de patrocínio para a revista (isso porque sonhávamos em distribuir no dia de 200 a 500 IWs). Numa noite de segunda-feira, voltando da faculdade, me encontrei com o pastor Sérgio e o líder de jovens da Igreja Ágape, o Lincoln. Conversamos e o pastor já demonstrou apoio ao evento e à revista também. Glória a Deus. Inclusive, o pastor emprestaria o datashow da igreja se precisássemos. Legal!
TRÊS PONTOS E O TRIÂNGULO
Enquanto o tempo passava, Deus me deu uma estratégia de guerra (afinal era uma guerra espiritual!). Eu deveria estar em três pontos da zona sul, orando e intercedendo pela região e pelo evento. E no dia, eu deveria estar no Curumim orando pelo culto. Acabei por ir uma semana antes a três lugares indicados pelo Espírito Santo. O primeiro foi no Cruzeiro do Sul, o segundo indo para o São Geraldo e o terceiro no São Mateus. Foi legal, porque eu andei fácil. Notava a sequidão da região e a carência do amor de Deus. Rios precisavam fluir através da igreja da zona sul. Eu fui aos lugares à noite, o que aumentava ainda mais a impressão de sequidão e morte que pairava sobre a região. Sentia-me como alguém num lugar diferente. No primeiro dia Deus me levou a me esvaziar de mim mesmo, das minhas vontades, dos meus pensamentos. No segundo, um lugar que eu nem sabia que existia, foi ver o quão grande é a região, precisamos ir mais além, via e sentia corações presos e abatidos na região. Na última empreitada foi super interessante. No São Mateus não tinha um lugar para o qual Deus me impulsionava. Fui andando, subindo uma rua e, de repente... paro no Shopping Independência! Foi louco. Mas lá vi o quando nossa juventude e as pessoas em geral buscam algo para preencher seus vazios. E ainda mais num shopping novo! (destaco também que eu estava meio sem tempo, por isso não andei muito no shopping... até porque esse não era meu propósito de estar ali). Bem, mas via o quando a zona sul precisa de algo de Deus. Ali neste propósito conseguia enxergar que Deus queria usar a Impacto World começando da Zona Sul. Um lugar tão grande. Maior do que cidades que já fui, como Mercês e Simão Pereira. No dia, quase não fechei o ciclo, mas tirei um tempo e mesmo no banheiro orei sobre aquele lugar.
A CORRERIA DA ÚLTIMA SEMANA
Como bons brasileiros, a última semana foi para homens de fé. Faríamos o culto em cima de um caminhão e a um dia do evento, o homem que emprestaria de graça o caminhão diz que não poderia mais. Como assim? Mas com uma paz que eu não sei explicar, fui eu e o pastor em busca de outro e na manhã de sábado, acredite, no dia do culto, Deus enviou o outro caminhão, desta vez R$ 30,00. Mas tudo bem. Sei que foi daquelas semanas para aprendermos a confiar no Pai Celestial que temos... No final Deus mostrou que Ele é fiel e me mostrou que muitas vezes duvidamos d’Ele, e Ele mesmo assim, não olha nossas falhas... e pensar nas muitas vezes em que duvidamos e achamos que Deus não vai dar conta do que prometeu... que bobos que nós somos!
O DIA
Quando chegamos lá eu não conseguia acreditar. Era um sonho colocado por Deus virando realidade. Adolescentes de quatro igrejas presbiterianas de JF e da igreja Ágape no Curumim de Santa Luzia adorando ao Senhor e profetizando paz àquele lugar e à zona sul. Que legal. Estava tão cansado espiritualmente que nem sei como consegui ficar ali. Ou melhor sei sim... pela força que vem do meu Pai, do Seu Trono de Amor. O Betinho e a Ana ministraram no louvor, junto a ajuda da Gleyci, Ismael, Adriano e Daniel. Dançamos hip hop naquele local, o pessoal da Ágape dançou também, o grupo de dança Adoração em Movimento ta,bem ministrou com dança. O ministério de louvor da Ágape ainda ministrou duas músicas... Foi muito legal, no final o pastor me deu a palavra e pude falar sobre dependência de Deus e contar um pouco do que Deus fez nesses três anos de IW. Eu não imaginava que Deus nos traria até aqui. Depois, junto com o Mateus, a Ana e o Betinho, orei pela região e agradecendo pela oportunidade que Deus nos dera de estar ali. Fantástico. Glória a Deus. Algo que me marcou foi quando o ministério de teatro da 5ª igreja presbiteriana (inclusive faço parte dele) apresentou a peça “Humanidade Caída”... tinha uns carinhas jogando bola na quadra e eles pararam para ver... cara, como assim? Foi super legal e prova de que Deus pode e quer fazer algo muito maior do que podemos pensar e imaginar para a zona sul. Algumas mulheres que ficaram com a gente em Simão Pereira estavam lá também. Uma delas, a Edna, conseguiu um ônibus da prefeitura de lá para que elas viessem em JF. Foi muito legal, uma surpresa que deixou a mim e o meu pastor (pelo que eu sei) super felizes. Glória a Deus. Outro detalhe é que sempre que eu orava falava com Deus que, se fosse para uma pessoa ser tocada e ir à frente, que fosse assim... e não é que foi uma mulher à frente?! Foi prova do que Deus tem ministrado para mim... de que é Ele quem faz. Outra coisa que me marcou foi o pastor Sérgio. A neta dele estava no hospital... e ele ali nos ajudando... se empenhando para fazer funcionar o datashow... teve uma hora que o coração de avô bateu forte, mas só de tudo ter acontecido do jeito que aconteceu foi... sem palavras. No final passamos no datashow dois vídeos: um com fotos do acampamento e outro que eu tinha feito com algumas imagens da IW e nossa história. Emocionante! No fim de tudo distribuímos cerca de 70 revistas e vendemos churrasquinhos, bombons, bolo, refri... parte da grana foi para a viagem missionária que o pessoal da igreja presbiteriana de JF vai, na Missão Caiuá, no Mato Grosso do Sul, no meio dos índios, e parte para a IW. Foi tremendo... edificante... e eu sei que tem muito mais... esse foi só o começo!!!

VEJA ALGUMAS FOTOS...







FOI ASSIM EM SIMÃO PEREIRA











Falando do acampamento em Simão Pereira...
Foi legal porque desde o ano passado eu estava com uma pulga atrás da orelha quanto a acampamentos de adolescentes. Sabe aquela história de querer só curtir, brincar? Então, estava com essa idéia, até o início deste ano. Cheguei até mesmo dizer que não me via em acampamentos como esse. Talvez pelo fato dos últimos que eu fui ter sido com intuito de evangelizar. Totalmente intensivo. Confesso que às vezes sinto falta de acampamentos de busca espiritual, sem todo esse intensivão, mas quando ouço o termo “acampamento evangelístico” bate algo diferente no coração. Bem, mas quando fiquei sabendo que o acampamento dos adolescentes presbiterianos de JF city seria evangelístico, me coloquei como um daqueles “tô dentro”, sabe?
O ÔNIBUS E O CRÉU...
Pois bem, depois de um mês de oração, fomos. A primeira surpresa: o ônibus. Que ônibus. Tinha ar-condicionado, dois andares, enfim, cinco estrelas. Deus foi bom demais (aliás, Ele é). Fomos, chegando lá, outra surpresa, o local onde ficaríamos era ao lado de uma casa que estava abrigando uma festa de aniversário. Chegamos ao som do “créu”. Mas foi interessante, porque no nosso primeiro culto, os nossos “vizinhos” desligaram o som, e mais, alguns dos jovens foram ao culto. Algo que pude presenciar foi a surpresa de um deles pelo fato do louvor (da música) ser ao vivo. Ele tinha me perguntado se tinha bateria e quando falei que era tudo ao vivo ele foi conferir e ficou super surpreso! Glória a Deus por isso! Bem, mas ainda me faltava algo naquela noite. O fato de eu não conhecer (até naquele momento) maioria do povo que estava lá me incomodava e eu precisava de algo espiritual que me enchesse. Antes estava eu no quarto vizinho ao meu, e ali conheci alguns caras bem legais, o Daniel e o Miquéias, na verdade eu já tinha dialogado com eles, mas ali conheci o jeito deles, meio intelectuais, meio sarcásticos, bem legais. Conheci também o Mário (ou Gugu). Pois bem, depois de muito papo, e de brincarmos um pouco de forca, e meu nariz não me deixar, gripadasso mesmo fui para a vigília, e foi lá. Sabe aquela crise de Moisés. Tipo “Eu mesmo Deus? Mas eu sou assim, sou assado...”, pois bem, foi ali que Deus começou a me falar que era eu mesmo. Tudo bem, depois da oração que foi trilegal, fomos tentar dormir, não me lembro o que fiz depois, mas por fim, estava eu a dormir.
FOLHETOS, ORAÇÃO, CONVITE, CRIANÇAS, CULTO... E SOU EU...
No dia seguinte, domingo, foi legal. Era o dia do culto na praça. Pela manhã, mais uma ministração e Deus me falando que era eu mesmo, mas era por Ele. Tipo, eu deveria ir, mas não pela minha força, mas por aquela de quem me enviou. Foi super para mim. Depois do culto, fomos distribuir folhetos e convidar os moradores de Simão Pereira para o culto na praça e as crianças para a atividade especial na creche. Fui com o Daniel, Miquéias e com o Leandro, outro que conheci lá, legal ele. Fomos pelas ruas (que não são tantas) e de repente (como assim?) fomos parar em uma casa no fim de uma rua sem saída. Entramos eu e o Leandro (enquanto que o Daniel e o Miquéias foram ao lado) e nossa surpresa foi sentir um ambiente pesado. Eram três pessoas. O André, a Rosa e a dona Maurícia (ore por eles). Os dois primeiros foram super simpáticos, oraram com a gente, mas dona Maurícia estava ansiosa, nervosa... E mesmo sem orar conosco, oramos por ela, e depois de uns quinze minutos saímos de lá. Rosa era desviada e me contava das “bombas” de sua antiga igreja. Ela me disse que um dos presbíteros da igreja tinha até batido nela, e aparentava estar super decepcionada, mas na hora me veio ao coração a história do filho pródigo, e me firmei na palavra que diz que a palavra de Deus não volta vazia. Enquanto eu falava com ela, o Leandro falava com o André que também desabafava com ele. Outra surpresa (peraí, nós oramos, então não é surpresa, é mão de Deus, oras), foi que o André foi ao culto na praça. Mais um detalhe, estava com uma criança no colo, e me pediu oração... Como assim? Mas vou chegar lá. Saímos daquela casa, e fomos adiante. Reunimos-nos com os outros dois, e fomos. Entramos em mais três ou quatro casas. Algo que me marcou foi que as pessoas (só mulheres) pediam oração quando eu perguntava se queriam. Numa destas, depois de orarmos, o jovem Daniel (de 12 anos) me abre a Bíblia e manda o Salmo 23 e uma palavra de consolo para a dona da casa. Isso foi chocante para mim, acho que para todos. E ainda, na última casa que fomos, lá foi ele ler Isaías 41.13 (Não temas...). Pensei “É Deus!”. Meu Pai tem sempre mais do que pensamos não é mesmo? Fomos os últimos a chegar à creche para almoçar. Almoçamos e logo depois chegaram as crianças. Foi bom demais. Virei uma criança, e depois de toda a atividade um menino tinha ficado lá. De repente, fica só eu e ele. O Lucas. 8 anos. Não sei porque, mas nos demos muito bem, e brincamos à beça. Foi bem legal estar com ele, e ver a confiança que ele tinha em mim, afinal eu poderia ser um cara mal, rsrs. Mas quando pensei que tinha acabado ali... Vou chegar lá também. Lembra do André? Então, chegou o culto na praça. Quase que o diabo me tira o foco por causa da maquiagem do teatro, mas na praça, tentando orar, mas com um peso estava eu a cantar “Sonda-me” quando de repente, vejo o André lá, com aquela criança no colo. Pediu-me oração, e ali orei e vi o que era para eu fazer. Fui lá, passei a maquiagem, e por fim, chegou a hora do culto. Estava lá um homem trêbado. Com a autoridade que Deus me deu, enquanto ele estava caído, disse profeticamente que ele não levantaria do mesmo jeito. Bem, durante o culto ele (em pé) tentava atrapalhar o culto, mas um policial o impedia, muito interessante isso. Passado o louvor, dançamos a música “Entra no clima” e por fim chegou a peça “Portas”. No fim, o pastor fez o apelo e lá foram mulheres e crianças à frente para orarmos. Vitória para o reino de Deus. Depois do culto, voltamos para a creche, era hora de descansar, jantar e dormir. Na hora de dormir, fui para o outro quarto e lá, eu, Daniel, Miquéias e Davi, jogamos forca mais uma vez (jogo viciante, né?), e conversamos, conversamos... e detalhe que era umas coisas teológicas, meio complicadas, até se existe vida inteligente fora da Terra!
ÚLTIMO DIA... MAIS CRIANÇAS, ORAÇÃO, E ADEUS...
No dia seguinte, no culto pela manhã, lá estavam as crianças de novo, e lá estava Deus a me falar que era eu mesmo o chamado por Ele. O Lucas não me viu e fiquei em paz. No fim da tarde realizaríamos o culto na praça. Creche arrumada, e fomos para a praça. Lá, me encontrei com o Lucas, que me pedia para não ir embora. Cara, como assim? Possivelmente, uma das frases mais marcantes que ouvi lá. “Gabriel, não vai embora não!”. Tiramos fotos, bem, tínhamos que registrar esses momentos, não é? Chegou o culto, e lá estava o trêbado. O pastor falou depois que era tinha virado a noite bêbado, pois pela manhã, quando ele tinha ido comprar o pão, o homem estava lá. Desta vez o Douglas e o Samuel fizeram a segurança e mantiveram o homem calmo. Louvor, dança, teatro, apelo... e mais uma vez lá foram pessoas à frente. Vi o quanto Deus é bom. Na hora do final, o pastor chamou as crianças e dançamos mais ainda... homenzinho torto, a Deus dai louvor, e muito mais. Sabe o bêbado? Pois bem, o pastor foi orar por ele. Chamou os outros dois pastores de lá e toda a nossa galera e começamos a orar pelo José (esse era o nome dele). Depois de intercedemos repreendendo todo demônio naquele corpo, ele se recuperou e foi só louvor! Deus é fiel. Me lembrei do que eu havia dito (pelo Espírito Santo) que ele não levantaria do mesmo jeito.
No fim, na hora do adeus... algo que sempre me dói, mas foi super legal. Brinquei demais, orei demais (acho que poderia ter sido mais), conversei demais. Ganhei amigos, e mais do que isso, deixei sementes lá que darão frutos.
Alguns nomes de pessoas que convivi lá, e que cito por terem sido colocados no meu caminho por Deus: ROBERTA, MILENA, SASHA, KRIS, JOYCE, MÁRIO, DANIEL, MIQUÉIAS, GABRIEL, FELIPE, LEANDRO.
Cito esses e também o pessoal que mora em Simão Pereira que não devo esquecer tão cedo: EDNA, LUCAS, HEITOR, ULISSES, JUNINHO, SANDRA, ANDRÉ, ROSA, MAURÍCIA.
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