Durante a faculdade descobri algumas aptidões e interesses que eu não tinha dado conta ainda. Uma delas é sobre questões sociais. Aconteceram algumas “coincidências” como eu ser voluntário numa ONG nesse período e também participar do Projeto Rondon. Em resumo: falou em matérias sobre aspectos envolvendo injustiça social, crianças e etc, lá estou eu!
E foi no mês passado em que vi a reprise de um “Sportv Repórter” especial sobre o Haiti e o esporte por lá. Achei muito legal. O programa teve três reportagens do Régis Rösing mostrando como o país se reerguei através do esporte depois da tragédia em 2004. Muito maneiro mesmo. O que mais me chamou a atenção foi o depoimento de um dos meninos que acabou se transformando no personagem de uma das reportagens: Morris. Ele virou a atração depois que topou correr a mini maratona de 6 Km , que passaria por pontos marcantes da capital haitiana. Lá foi Morris. Segundo a matéria, ele foi porque sabia que no final teria distribuição de comida.
Aquilo mexeu comigo. Ele não via mais obstáculos. Mesmo sendo um “molequinho” de 8 anos, não poupou esforços, pois tinha um alvo. No fim, o tal prêmio era apenas uma banana... o suficiente para Morris erguê-la como um troféu. De várias lições dessa reportagem, a que quero destacar aqui é sobre a busca pelo alvo.
Morris sabia que teria um prêmio, mesmo sem saber qual. E lá foi ele. Muitas vezes, nos esquecemos que existe um prêmio grandioso para nós. Falo da vida eterna. Paulo afirmou que, se a nossa esperança se limita apenas a essa vida, somos os mais infelizes dos homens. Ah, adolescentes, jovens e até mesmo adultos, têm vivido como se não houvesse um prêmio e desistem da corrida. A diferença para o prêmio que o Morris ganhou é que o que aguardamos quando Jesus voltar não acaba. Comeremos, comeremos e comeremos eternamente da presença do Pai Celestial. Vamos correr? Tem comida no final!
Texto meu publicado na edição de junho da Revista Impacto World
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