segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um ano atrás

Ana Paula Valadão - Só Por Amor a Ti



Antes de você ler essa mensagem, tem essa canção que nos ensina algo muito importante! Que Deus fale ao seu coração através dela!

Exatamente no dia 13 de julho de 2008. Isso. Foi um dia histórico em meus 20 anos, até então. Meu destino naquele dia era Belo Horizonte rumo ao Projeto Rondon. Relembrava com fotos e quando percebi, completou um ano da viagem que mudou radicalmente minha forma de encarar algumas coisas.

É claro que teve minha mãe, não segurando o choro em saber que seu filho mais velho ficaria duas semanas fora de casa, mas a vontade de ir em busca de algo novo era maior. E foi.

Logo na nossa partida, o sentimento de despedida tomou conta de mim. Minha mãe ficando em JF, chorando e eu, no ônibus... também com lágrimas nos olhos. É. Foi muito legal. Mas o que mais me chama a atenção desse um ano que se passou é a forma como passei a ver as coisas. Antes, preciso falar do aprendizado lá. Conviver com as crianças de Catuji (cidade que fiquei) foi fantástico. Ao mesmo tempo em que se mostravam receosas de se aproximarem, se mostravam também dispostas a conhecer gente nova, talvez pessoas que pudessem demonstrar o que é sentimento de pai ou mãe.

E realmente foi assim. Recordo de várias crianças de lá. Antes, é preciso que fique claro o porquê de eu falar das crianças. Desde 2007 eu trabalhava como voluntário na AMEB e, desde então, passei a me interessar pela causa social em favor de crianças. No Rondon, isso ficou bem à mostra, tanto que algumas pessoas do nosso grupo notavam um “Gabriel com adultos” diferentes do “Gabriel com as crianças”. Eu acabava virando o “tio”, o irmão mais velho.

Mas foi muito legal. Cada sorriso, cada momento em que passamos. No último dia, em meio a lagrimas. Que experiência! Sou muito grato a Deus por ter me permitido ir. Quem leu (ou ler) as postagens mais antigas sabe o que aconteceu antes da minha partida.

Esse ano não poderei ir ao projeto, mas me lembro com muitas saudades das duas semanas que passei em Catuji, no Norte de Minas. Quente durante o dia, gelado durante a noite. Lembro da nossa ida à mina de pedras preciosas. Me senti no Globo Repórter. Ou então do meu passeio a cavalo e minha queda (isso mesmo, caí do cavalo, literalmente)! E também da nossa ida à pequena cidade onde morava o Éder, vencedor do Soletrando do ano passado. Conhecemos pessoas empolgadas com o Projeto EJA (Educação para Jovens e Adultos). Foi muito edificante ver idosos, pessoas sem chance de serem vistas como gente buscando aprender mais, aprender a escrever, a ler... E no meio disso tudo crianças com chances tremendas de crescerem sabendo as coisas.

Foram duas semanas em que não vivi no meio de crente, de evangélico. Fora a minha companheira de grupo e as três reuniões em que fui na Igreja Batista, o único contato com gente evangélico foi através do MSN e pelo Orkut. Isso foi muito interessante. Aprendi a ser mais filho de Deus do que crente de igreja.

Quando voltei de lá, estava diferente. Tirando o “estar mais moreninho” por causa do sol durante o dia que eu só me protegia com um boné, eu me via mais disposto a passar por problemas de igreja. Sabia que a situação do mundo é bem mais difícil que nossos “probleminhas”. É. Voltei diferente. Mas sei que tudo isso foi pela graça de Deus. Ele teve seus propósitos de me levar tão longe de Juiz de Fora para ver coisas que hoje vejo aqui na cidade, mais perto do que eu imaginava.

Assim como contei na postagem do ano passado, aqui também existem os “Izaques”, “Tales”, “Guilhermes”, “Maessas” da vida para serem cuidados. Existem coisas para serem transformadas.

Não precisamos de muita coisa ano passado. Pouquíssimas vezes gastamos dinheiro ou coisas fora de cogitação. O que mais precisamos lá foi de disposição, compaixão, alegria, amor... Coisas que não se compram, coisas que Jesus nos dá através do Fruto do Espírito (Gl 5.22).

Um ano se passou. Dia 13 de julho de 2008. É. Passou e com ele voltam as saudades, mas uma coisa ficou. A VONTADE DE MUDAR. A VONTADE DE SER INSTRUMENTO PARA QUE PESSOAS VIREM SERES HUMANOS. PARA QUE EXISTAM CIDADÃOS. EXISTE ESPERANÇA. A ESPERANÇA É JESUS. ELE MORREU E RESSUSCITOU! FOI PARA QUE FOSSEMOS E CONTÁSSEMOS A TODOS. EXISTE ESPERANÇA.

E como diz o slogan do Projeto Rondon: Precisamos INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR! Que sejamos mais agentes sociais e menos, bem menos religiosos.

PS.: Tudo correu numa boa. Ida e volta. Devem ter sido umas 24 horas dentro do ônibus, somando os dois trajetos. Em meio às nossas estradas, vi o cuidado de Deus. Mais ainda sabendo que Ele cuidou de minha mãe, meu pai, meu irmão e meus amigos... É meu Pai Celestial! Fantástico!!!!

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