Tá bom, vou colocar como 1ª msg - para o blog não ficar vazio, meu testemunho quanto ao trabalho voluntário que faço na AMEB - a Associação Missionária Educacional e Beneficente, no bairro Borboleta em JF. Este texto saiu na Impacto World de junho, e é bem legal (eu achei), lê aí, e se der deixe seu comentário, beleza?
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A LIÇÃO
Tentar viver de acordo com a vontade Deus tem seus gols. Estou passando por uma experiência demais. A de ser “tio”. Trata-se de uma instituição que ajuda crianças carentes em um bairro de JF. No início ia lá somente para fazer fotos e conhecer, logo vaio o convite – irrecusável – de Deus para ajudar com meus talentos.
“corra que as crianças vêm aí”. Pode ser um título para lá. Interessante, como é muito legal. Não ver as atitudes das crianças – algumas falam palavrão, fazem gestos obscenos, etc. – mas ver um ambiente incomum dentro da igreja. Na igreja temos crianças bonitinhas, educadas (com exceções), cheirosas... um professor contou na faculdade sobre um projeto no norte de Minas, no qual, vão alguns alunos e, chegando lá, tomam banho, passam perfume, e de repente chega uma criança que não toma banho a três dias, nariz escorrendo, com cheiro de “cc” e xixi, senta no seu colo e te chama de “tio”... legal, não?
Esse é o mundo lá fora, nesta instituição não é diferente, não chega a este ponto, mas conheço várias pessoas que teriam nojo delas.
Bem, mas falando da experiência... é tremenda. Poder participar da formação do caráter de uma criança é tudo que eu sempre sonhei... e de crianças rebeldes? Ótimo, agradeço a Deus por essa bênção. (detalhe que eu falo sério!)
Parei um dia para pensar na forma que as crianças (de uma forma geral) têm sido tratadas pelos evangélicos. Achei não muito boa. Você ensina coisa fofa para ela, e ela vive quase o dia todo em um ambiente tenebroso... onde é mais fácil dela absorver as coisas? Não precisa nem responder, não é? Não falo de ser radical, mas de forçar a criança a enxergar o que o mundo tem feito. Se a igreja não ensina, o mundo vai ensinar, e cada vez mais cedo. Achar que a criança não deve ouvir que gente morre no Rio de Janeiro é dar brecha. Tenho visto coisas interessantes e legais demais para mim lá.
Mesmo com tudo isso, tenho aprendido a ter amor por crianças que são vistas como qualquer coisa. Tenho visto que Deus tem algo para aquelas crianças. Tenho aprendido lá que ser pobre, ter uma escola pública pra ir é legal. Tenho aprendido a dar valor a um café da manhã. Tenho aprendido a amar aqueles que o mundo não ama. Vamos concordar, amar aquela criança bonitinha e cheirosinha da igreja não tem graça. Queria isso no início, hoje vejo o que Deus me deu. Pedi amor, ele me deu pessoas para amar.
Tentar viver de acordo com a vontade Deus tem seus gols. Estou passando por uma experiência demais. A de ser “tio”. Trata-se de uma instituição que ajuda crianças carentes em um bairro de JF. No início ia lá somente para fazer fotos e conhecer, logo vaio o convite – irrecusável – de Deus para ajudar com meus talentos.
“corra que as crianças vêm aí”. Pode ser um título para lá. Interessante, como é muito legal. Não ver as atitudes das crianças – algumas falam palavrão, fazem gestos obscenos, etc. – mas ver um ambiente incomum dentro da igreja. Na igreja temos crianças bonitinhas, educadas (com exceções), cheirosas... um professor contou na faculdade sobre um projeto no norte de Minas, no qual, vão alguns alunos e, chegando lá, tomam banho, passam perfume, e de repente chega uma criança que não toma banho a três dias, nariz escorrendo, com cheiro de “cc” e xixi, senta no seu colo e te chama de “tio”... legal, não?
Esse é o mundo lá fora, nesta instituição não é diferente, não chega a este ponto, mas conheço várias pessoas que teriam nojo delas.
Bem, mas falando da experiência... é tremenda. Poder participar da formação do caráter de uma criança é tudo que eu sempre sonhei... e de crianças rebeldes? Ótimo, agradeço a Deus por essa bênção. (detalhe que eu falo sério!)
Parei um dia para pensar na forma que as crianças (de uma forma geral) têm sido tratadas pelos evangélicos. Achei não muito boa. Você ensina coisa fofa para ela, e ela vive quase o dia todo em um ambiente tenebroso... onde é mais fácil dela absorver as coisas? Não precisa nem responder, não é? Não falo de ser radical, mas de forçar a criança a enxergar o que o mundo tem feito. Se a igreja não ensina, o mundo vai ensinar, e cada vez mais cedo. Achar que a criança não deve ouvir que gente morre no Rio de Janeiro é dar brecha. Tenho visto coisas interessantes e legais demais para mim lá.
Mesmo com tudo isso, tenho aprendido a ter amor por crianças que são vistas como qualquer coisa. Tenho visto que Deus tem algo para aquelas crianças. Tenho aprendido lá que ser pobre, ter uma escola pública pra ir é legal. Tenho aprendido a dar valor a um café da manhã. Tenho aprendido a amar aqueles que o mundo não ama. Vamos concordar, amar aquela criança bonitinha e cheirosinha da igreja não tem graça. Queria isso no início, hoje vejo o que Deus me deu. Pedi amor, ele me deu pessoas para amar.
Um comentário:
opaaaa...muito legal...voce escreve super bem. Parabéns. Deus te abençoe ainda mais.
Ass: grazielacorrea@hotmail.com
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