quinta-feira, 2 de agosto de 2007

GRAÇA

Paulo, ao dizer que tinha um espinho na carne, e que Deus o havia dito “A minha graça te basta” nos traz um grande ensinamento. Percebemos ao ler o texto de 2 Co 12 que mesmo o Senhor estando e guiando Paulo algo o afligia, aparentemente, constantemente.
Paulo conta que “para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte”. Algumas Bíblias de estudo dizem que este “espinho na carne” se referiria a uma experiência muito dolorosa, uma enfermidade. Pois bem, algo que não havia sido curado, algo que Deus não havia tirado de Paulo, como lemos no vs. 8: “Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim”. Vemos que o propósito de Deus na vida do apóstolo precisava, digamos assim, daquele espinho.
E realmente isso acontece muitas vezes conosco. Paulo não estava vivendo uma vida depravada ou sem noção para que sofresse, tanto que ele havia sofrido por causa do evangelho já no capítulo anterior da carta aos coríntios (2 Co 11.16-23). Muitas vezes teremos vidas retas diante de Deus, e sofreremos, nos sentindo com algum “espinho na carne” que oramos para que o Pai tire mas sem resposta. Por quê?
Aí que chegamos à resposta que Deus deu para Paulo: “A minha graça te basta”. Paulo conta do verso 1 ao 6 que tinha ido ao terceiro céu. Cá entre nós que deve ter sido algo sobrenatural, ou melhor, foi, tanto que ele diz no verso 4 que ouviu “palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir”. Ou seja, era algo tão grande que, Deus, ao conhecer o coração de Paulo, sabia que algo poderia acontecer que não daria glória ao Todo-Poderoso.
Em nossa caminhada cristã isso muitas vezes acontece. Passamos momentos inefáveis na presença de Deus e de repente acabamos deslizando. Não é prazer de Deus ver-nos sofrer, mas planos para sua glória. Então, deslizar depois de buscar o Senhor é certo? Claro que não, porém Deus pode nos dar o prazer de ver que não somos nada sem sua graça. Simplesmente Deus nos faz ver sua graça, pois momentos maravilhosos na presença de Deus podem nos fazer esquecer de sua graça e é isso que o Pai faz com Paulo e com cada um de nós: Que não nos esqueçamos da graça maravilhosa de Deus que nos alcançou.
Por isso que possamos pedir a Deus que ensine o nosso coração a dar toda a glória a Ele, e que toda experiência inefável que passarmos na presença do Rei dos reis possa trazer glória a Ele, e que a cada dia possamos estar mais crucificados para nossa glória, e para nós mesmos, e dizer ao Pai, “Sim, a Tua graça me basta!”

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