terça-feira, 6 de novembro de 2007

O DIA EM QUE FUI AO ESTÁDIO

Começou na quinta-feira, pela manhã, quando acordei enlouquecido porque havia perdido a hora para ir para o estágio. Eu achava que havia perdido. Desci de ônibus para dar tempo e qual não foi a minha surpresa? Tinha uns papéis colados no vidro frontal do ônibus dizendo que haveria um jogo da Copa do Brasil de Futebol feminino na cidade. Como assim? Depois do acampamento das crianças ter sido adiado (eu iria para ajudar), pensei em uma ótima pedida para o feriado.
Chamei alguns amigos, mas... sem sucesso. Íamos a pé e era 1 hora andando, subindo... Eu iria sozinho, isso ficou decidido 1 hora antes de eu sair. Pensei que tinha ficado sozinho, meus amigos me abandonaram. Indo para o estádio ia pensando no papel dos amigos em nossas vidas, viajei total, mas foi legal.
Amigo não é só aquele que está com você em todos os momentos, é aquele que está contigo na dificuldade. Quando todos te abandonam ele está contigo. E ao longo desses últimos dias tenho tentado ser um amigo assim. Seu “amigo” judia de você, mas na hora do aperto vem até você... bem, pensava em Jesus... Ele não é assim conosco? Quantas vezes preferimos outras coisas, e quando a coisa fica preta vamos até Jesus... Ele não nos atende? Pois bem... E via que, naquele momento (sentimentalismo à parte) eu sozinho... só “restava” Jesus. Me senti confortado... e fui viajando sabendo não estava indo para o estádio sozinho. Jesus estava indo comigo. Aleluia!!!
Foi uma longa caminhada. Muito suor. Camisa molhada. Água morna. Chuva no meio do caminho. Muito legal. Que experiência!!! Chegando lá (uma hora eu tinha que chegar, como assim?), passou uns cinco minutos, o jogo começou, e a ministração continuou. Notava a quantidade de famílias presentes no Municipal. A entrada era franca, feriado, sol... só não foi quem não quis. Interessante as reações da torcida da casa em alguns lances... muito legais... tirando os palavrões que ninguém merece (aff!)
Passou o primeiro tempo, veio o intervalo (neste tempo, o Benfica estava ganhando do Vasco por 2 a 1) e depois o segundo tempo. Mudei de lugar, pois o sol estava incomodando. Passou a segunda etapa, vencemos por 3 a 2 e terminado o jogo me encontrei com uns colegas do Betinho, conhecidos meus por ali. Entrei na administração para pegar minha garrafinha de água (obs: nota 9,8 para a segurança, que não deixou ninguém entrar com garrafa, sombrinha ou guarda-chuva grande, ou qualquer outro instrumento que pudesse se transformar em arma, muito legal). Lá estavam eles. Passamos 1 hora ali conversando e esperando as jogadoras saírem para ir embora. Enfim elas saíram, tiramos uma foto com a Ester (do Benfica, que jogou o Pan pelo Brasil), os caras deram em cima de uma das jogadoras, como assim?
Fomos embora. No meio do caminho, algumas, digo, muitas brincadeiras, zoações (umas legais, outras nem tanto, umas outras nem se fala...). Mas fiquei com eles assim mesmo. Foi legal, notava a necessidade de deixarmos a teoria de lado e partir para a prática. Deus quer que estejamos com os abatidos, com os necessitados, com os gentios para fazer a diferença. Tentei fazer a diferença. Graças a Deus consegui. E aprendi várias coisas. Não vou destacar aqui desta vez, vou preferir madurar mais. Foi bem legal.
No final, já em casa me perguntava: “Será que fiz minha parte? Será que fui luz? Será que essa era a vontade de Deus?” Tive uma certeza. Jesus tinha ido comigo, eu tinha orado antes... “Pai, fica comigo”. Ele ficou. Tenho certeza disso. Se fiz minha parte. Acredito que sim. Usando uma palavra da minha ex-namorada... “a vontade do Senhor traz paz ao coração”. E trouxe.
Moral da história: Precisei ir “sozinho”, sem amigos, para dar valor a presença de Jesus na minha vida, que Ele é o meu melhor amigo, e depois mostrar para quatro jovens que um cristão pode sim, se divertir, indo a um estádio de futebol, brincar, zoar, mas lembrando de quem eu sou. Filho do Rei. Ah, não disse que tinha pedido ao Pai para ir comigo? Ele foi e apresentou para mim novos amigos. Por quê? Bem, você se lembra da parábola do filho pródigo? Então, quem sabe...

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...