sábado, 12 de julho de 2008

COMO FUI PARAR NO PROJETO RONDON...

Tudo começou ano passado. Em maio de 2007, passei a fazer parte do rol de voluntários da AMEB. Muito legal, passei a conviver com crianças pobres, em situação de risco. Não que isso seja legal, mas pela experiência. Estava no 2º período da faculdade e um dos meus professores conversava sobre o Projeto Rondon. Em Minas, o projeto ia para o Norte do estado realizar oficinas, palestras e buscas ativas de casa em casa levando algo de novo para o povo de lá, esse que é pobre e sem oportunidades. Meu coração pulsou mais forte, mas com várias desculpas, nem pensei mesmo em ir. O motivo principal para minha permanência em JF city era a gravação do Diante do Trono, na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Dia 7 de julho, o Projeto Rondon de 2007 foi na primeira quinzena de julho... Não fui! Mas fui na gravação do DT, que foi super bênção. Mas como todas as coisas cooperam para o bem daqueles que são chamados segundo o Seu propósito, a onda de avivamento social não parou. Aliás, ela começou bem antes, mais ou menos na mesma época em que nasceu o blog. Na explicação do porque o blog chamar “Vivendo” está o motivo de onde começou essa “onda avivalista social”, hehe. Quando voltei de férias, o pessoal de comunicação que foi ao Rondon 2007 fez um documentário e, na primeira semana de aula, passaram pra gente. Excepcional! Passando o tempo, ia mergulhando mais nos problemas que via lá na AMEB. Um dos meus defeitos poderia ser este: mergulhar naquilo que necessariamente me diz respeito. Eu chegava a ficar chateado se acontecesse algo de ruim com as crianças de lá, como assim?! Bem, o tempo foi passando e esse ano, comecei a alimentar o sonho de ir ao Rondon 2008. Tive um professor que foi ano passado e nas aulas de Legislação e Ética em Jornalismo ele contava suas experiências... E ele ainda vai e nos apresenta mais a fundo o Estatuto da Criança e do Adolescente... Lá na AMEB, eu ia mais e mais mergulhando na história. Não posso deixar de destacar que, cada vez que eu ia lá, e tentava aplicar o que aprendia na aula, minha vontade de ir ao Rondon aumentava. Mas ainda tinham portas fechadas. Quando fiquei sabendo das inscrições para o projeto me animei, mas fui saber do prazo a um dia do fim. Radical, né!? Fiquei sabendo na terça, terminava na quarta! Fiz a inscrição. Próximo passo: participar da primeira reunião, que era eliminatória. Fui. Outras duas colegas minhas estavam comigo, mas acabaram por não irem até o fim. A regra era que deveríamos participar de pelo menos quatro de umas 10 oficinas de sensibilização... pensei que iria participar de todas, afinal todas eram interessantes, e mesmo que eu ainda não tivesse certeza de que iria, participar seria interessante. Ah, me lembrei de um outro fato que me motivou antes mesmo das inscrições. O seminário “O clamor da criança do século XXI”. Três palestras que fizeram ficar mais do que nunca disposto a me dar um pouco mais pelo outro. Tudo bem. Voltando ao ciclo de oficinas, foi exatamente em uma semana de muita coisa, daquelas tensas de trabalho, prova e de se jogar nos trabalhos! Por causa de tudo isso, só participei de uma na segunda-feira, esqueci de terça e quarta, e quando me lembrei, tinham dois dias para eu ir em três oficinas, já que tinha pela manhã e à noite. No fim, Deus permitiu que eu fosse às quatro que eu precisava. Não se esqueça desse detalhe. Ia vendo que as coisas iam ser desse jeito, ali, no sufoco, para eu ver que era Deus. Outra tarefa, levar o cartão de vacinas atualizado. O meu estava incompleto e como eu ia fazer para tomar as vacinas? Fui um dia na Policlínica no centro de JF, mas cheguei lá e, sem me dar conta da semana de vacinação infantil... só vi um monte de criança na fila, umas chorando... estava cheio... fui embora. Isso era na quinta, eu precisava levar até sexta. Na sexta eu achava que iria no posto, mas depois de ir à AMEB pela manhã, e estar cansado e com sono, quase joguei tudo para o alto. Mas não, tentei mais uma vez na Policlínica. Cheguei lá e, para minha surpresa, estava vazio, com umas quatro crianças à frente. Eu era o único grande sozinho na fila... mas tomei as vacinas que faltavam. Uma em cada braço... antitetânica e a 2ª dose da hepatite B. (ainda falta a terceira). Fui entregar na faculdade. Outro passo foi dado. Às vezes só funciono na pressão, é incrível!!!
E assim fui... conversava com o meu pastor que achava uma boa experiência, com minha mãe que achava um pouco demais para mim (cuidado de mãe!!!) e assim foi. Depois que vi uma edição do Globo Repórter, algo acendeu em mim, e me empolguei de verdade. Última semana. Eu precisava levar um atestado médico, atestando que eu estaria apto para ir. Segunda-feira fui ao posto. Teria que voltar terça-feira para marcar. Ah, teria que chegar cedo também, eu não conhecia o SUS, hehe. Minha mãe falou para eu ir na AME, consultar no lugar dela pelo convênio do serviço do meu pai. Na terça não tinha mais vaga... ai, ai, ai. Íamos quarta, e eu tinha que levar até quinta! Fomos e... nada. A doutora não pôde liberar o atestado por causa de algumas burocracias. Necessárias, mas burocracias. Saí de lá arrasado por dentro, eu queria ir na viagem. Antes de contar o que aconteceu depois, quero destacar que durante todo esse tempo eu orava e orava sabendo que Deus estava à frente de tudo isso. Na entrevista que fiz para ir, me perguntaram que qualidade eu levaria, e eu respondi que levaria o “me dar pelo outro”. Pedia a Deus para fazer a vontade d’Ele, e esse era o único motivo para me levar até lá: me dar pelo próximo, amar o próximo, ou pelo menos aprender. Perguntado sobre o que eu deixaria, respondi que não levaria o medo. É como ouvi essa semana, Jesus nos chama a andar por sobre as águas, não podemos olhar as circunstâncias. Bem, na quarta então, fui ao culto na nossa congregação no Ipiranga, e contei na hora da oração que a última porta era o SUS. Oramos. A palavra pregada? Mateus 14.22-36. Quando Jesus andou sobre as águas, e chamou Pedro e esse foi, mas de repente passou a ver as circunstâncias. No final, outro texto: 2 Coríntios 5.7: “Visto que andamos por fé, e não pelo que vemos”. Em casa, dizia que se Deus quiser que eu vá, Ele vai abrir a porta mais difícil para os homens. O que ouvi de críticas e de maldição para o SUS... Depois o povo de Deus reclama!!! Fica amaldiçoando... Estava decidido a sair de casa quinze para seis da manhã para marcar a consulta. Fui dormir. Na quinta, pela manhã, meu celular despertou às 5:15. Fiquei quinze minutos pensando na cama. Era ou não para eu ir? “Visto que ando pela fé...” pulsou em meu coração. Fui. Estava escuro ainda, mas fui. Mas fui louvando, cantava que não iria olhar as circunstâncias. E não olhei. Deus me abençoou tanto que não estava (tão) frio! Cheguei à fila às 6, esperei até 7. Pronto! Acabou!!! Não!!! Tinha que marcar e o médico precisava liberar o atestado. Na fila vi que o medico que atendia o meu bairro estava de férias. Como assim? Só estavam marcando urgência. Contei que precisava do atestado para o dia. Ela me marcou!!! Aleluia! Esperei mais uma hora e meia. Chegou a minha vez! Depois de todo esse sufoco... com atestado na mão, era só levar para a faculdade e ir na última reunião antes da viagem. Bem, levei... agora é esperar!!!!
Mas a história “PROJETO RONDON” continua!!!

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